A Europa começou a vislumbrar nesta sexta-feira (3) uma tímida luz de esperança, graças à sutil desaceleração na propagação do novo coronavírus, que já deixou mais de 40 mil mortos no velho continente, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido enfrentavam uma explosão de casos da doença
A Europa começou a vislumbrar nesta sexta-feira (3) uma tímida luz de esperança, graças à sutil desaceleração na propagação do novo coronavírus, que já deixou mais de 40 mil mortos no velho continente, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido enfrentavam uma explosão de casos da doença.
A pandemia também aprofundava os desastres em países em guerra.
Depois de quase 1.200 mortes em 24 horas, uma cifra sem precedentes nesta pandemia que começou em dezembro na China, os americanos se preparam para o pior, construindo hospitais de campanha de Los Angeles a Miami e Nova York, com milhares de leitos adicionais de cuidados intensivos.
O mesmo acontece no Reino Unido, onde nesta sexta-feira foi inaugurado em Londres um grande hospital de campanha com capacidade de 4.000 leitos.
A ameaça é tamanha que a rainha Elizabeth II, de 93 anos, discursará à nação no domingo, a quarta vez que o fará em 68 anos de reinado.
A COVID-19 já matou mais de 40.000 pessoas na Europa, mais de três quartos em Itália, Espanha e França, segundo balanço da AFP.
A única esperança é uma desaceleração na propagação do vírus, depois de semanas de um confinamento quase generalizado.
"Estamos esperando ver a luz no fim do túnel", afirma o enfermeiro italiano Paolo Miranda, que relata em sua conta no Instagram a luta contra a pandemia no hospital onde trabalha em Cremona, norte da Itália.
O vírus, que matou 14.700 pessoas até hoje no país, o mais castigado pela pandemia, continua, mas confirma uma desaceleração que começou há cerca de uma semana, com um aumento de apenas 4% dos casos.
A esperança está na redução da taxa de contágios e hospitalizações, segundo as autoridades.
Na Alemanha, as medidas restritivas também começam a surtir efeito, segundo o governo. As cifras dão "esperança", mas mesmo assim é "cedo demais" para suavizar as medidas, explicou a chanceler Angela Merkel.
As medidas restritivas devem ser mantidas, asseguram as autoridades sanitárias.
Metade da humanidade está sujeita agora a medidas de contenção, às vezes muito estritas, com catastróficas consequências econômicas e sociais.