HOUVE ASSEMBLEIA

Crise: Mais demissões acontecem na Unimep

Instituição dispensa ao menos 25 professores por telegrama e e-mail

Adriana Ferezim
11/07/2018 às 10:14.
Atualizado em 28/04/2022 às 02:04
Informações são de que mais professores poderão ser demitidos na Unimep (Antonio Trivelin)

Informações são de que mais professores poderão ser demitidos na Unimep (Antonio Trivelin)

Quarta-feira, 11 de julho de 2018 Professores da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) participaram de assembleia, nesta terça-feira (10), convocada pelo Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro) e pela Associação dos Docentes da Unimep (Adunimep). Eles discutiram a ocorrência de novas demissões. A estimativa das entidades é que ao menos 25 professores foram desligados desde o último dia 7. “No último sábado (7), os professores receberam telegramas comunicando a demissão. Durante a assembleia (nesta terça-feira), oito professores checaram seus e-mails e verificaram que tinham mensagens informando suas demissões”, disse Milton Souto, presidente da Adunimep, que também foi demitido. Souto fez parte das reuniões e das negociações com relação às demissões do início do ano, subscrevendo atas e outros documentos como o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), pela Adunimep. Para ele, sua demissão e de uma outra diretora que também participou das reuniões, pode ser perseguição política e sindical. “A Adunimep tem uma história de negociação aberta com a reitoria da Unimep, inclusive em crises anteriores, com redução de salários. Dessa vez, a reitoria está demonstrando que não há diálogo”, comentou. A Instituição e o Sinpro vão atuar judicialmente para que a Unimep anule essas demissões e suspenda novos desligamentos. “Temos a informação de que mais professores poderão ser demitidos”, disse Souto. Os professores estão repondo as aulas que foram suspensas durante a greve realizada pelos docentes por causa de atraso de salários, em junho. “Estamos finalizando o semestre. Eu iria aplicar uma segunda prova à minha turma, mas não fomos demitidos com aviso prévio, medida que nos daria mais alguns dias para concluir o semestre. É um desrespeito com os alunos”, afirmou. As negociações das entidades com a reitoria da Unimep que estavam em andamento serão suspensas. Eles discutiam o atraso dos salários, falta de depósito do FGTS e a falta de holerite. “Os professores não receberam o salário integral na última sexta-feira (6), conforme acordado com o Ministério Público do Trabalho (MPT)”, disse. Das 51 demissões feitas no início do semestre, as entidades conseguiram que a Justiça determinasse a reintegração dos professores. Apenas 17 concordaram em voltar ao trabalho. A Gazeta não recebeu retorno das informações solicitadas à Unimep sobre as demissões até o fechamento desta edição.

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