INTERNACIONAL

Crise da COVID-19 se aprofunda na América Latina e Europa sai do confinamento

A pandemia do novo coronavírus está em uma fase crítica na América Latina nesta quarta-feira (13), com números recorde de mortes no Brasil e um aumento agudo de casos no Chile, enquanto várias cidades europeias avançam na suspensão do confinamento

AFP
14/05/2020 às 17:48.
Atualizado em 30/03/2022 às 01:02

A pandemia do novo coronavírus está em uma fase crítica na América Latina nesta quarta-feira (13), com números recorde de mortes no Brasil e um aumento agudo de casos no Chile, enquanto várias cidades europeias avançam na suspensão do confinamento.

À medida que o coronavírus cede na Europa - onde causou 160.000 mortes - e as autoridades apresentam um plano para as férias de verão no hemisfério norte, a curva de contágios dispara na América Latina e ameaça colapsar os serviços sanitários.

Em um momento em que o número de mortos no mundo alcança os 294.000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que é possível que o vírus nunca desapareça.

Nas últimas 24 horas foram contabilizadas 749 novas mortes no Brasil pela pandemia, que já matou 13.149 pessoas no país.

Com mais de 11.000 infectados em um único dia, o Brasil contabiliza 188.974 casos, o país mais atingido da região, pois acumula quase metade do número de contágios da América Latina e do Caribe, que nesta quarta-feira passou dos 400.000.

O Peru segue o Brasil, com 76.306 contágios e 2.169 falecidos, e o México, com 38.324 casos e 3.926 mortos.

Na terça-feira, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) advertiu que os sistemas de saúde do Rio de janeiro e de Lima estão "no limite" e nesta quarta, médicos e enfermeiros protestaram em várias cidades peruanas para denunciar a falta de itens de proteção.

No Chile, as autoridades decretaram quarentena total em Santiago depois que foram registradas nesta quarta 11 novas mortes e 2.660 casos de COVID-19 em 24 horas, 60% a mais do que no dia anterior. O país tem 34.381 contagiados e 346 falecidos.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou que já se vê luz no fim do túnel. Em uma primeira fase, 269 municípios em 15 dos 32 estados mexicanos que apresentam muito poucos casos positivos, retomarão as atividades de trabalho e vão retomar as aulas a partir de 18 de maio.

Em um momento em que empresas e governo buscam freneticamente uma cura e uma vacina contra o coronavírus, a Bolívia se aventurou a autorizar um medicamento antiparasitário, frequentemente utilizado em animais, para tratar o vírus.

Enquanto o movimento voltava pouco a pouco às ruas e aos comércios da Europa, a Comissão Europeia urgiu nesta quarta-feira um retorno progressivo do turismo com a suspensão gradual das restrições de circulação devido ao novo coronavírus, com o objetivo de salvar a temporada de verão.

"Não vai ser um verão normal, mas se todos cumprirmos com a nossa parte, não temos que enfrentar um verão presos em casa ou totalmente perdido para a indústria do turismo", afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão.

Bruxelas propôs aos 27 países da União Europeia (UE), responsáveis por suas políticas domésticas, uma abordagem coordenada para suspender as restrições nas fronteiras, que seja "gradual" e "sem discriminação" entre países ou cidadãos.

É que o turismo representa mais de 10% do PIB da UE e quase 12% dos empregos no bloco, lembrou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que advertiu para a "dependência" de países como Espanha, Itália e Grécia neste setor.

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