INTERNACIONAL

COVID-19 atinge com força América Latina; Brasil beira as 30.000 mortes

Com cerca de 30.000 mortes no Brasil e mais de 10.000 no México, a pandemia do novo coronavírus ameaça saturar os sistemas de saúde da América Latina, enquanto na França, que sofreu um pesadelo similar há algumas semanas, faz na terça-feira o retorno a uma certa normalidade

AFP
02/06/2020 às 01:16.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:00

Com cerca de 30.000 mortes no Brasil e mais de 10.000 no México, a pandemia do novo coronavírus ameaça saturar os sistemas de saúde da América Latina, enquanto na França, que sofreu um pesadelo similar há algumas semanas, faz na terça-feira o retorno a uma certa normalidade.

Quatro dos dez países com maior número de infecções diárias são latino-americanos: Brasil, Peru, Chile e México, informou Michael Ryan, diretor de emergências sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), durante coletiva de imprensa virtual em Genebra.

"Não acho que tenhamos alcançado o pico de contágios (na região) e por enquanto não posso prever quando alcançará", acrescentou.

O epicentro regional é o Brasil que, com 526.447 casos, é o segundo país em número de contágios em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos.

No país de 210 milhões de habitantes, as medidas de quarentena ou suspensão do confinamento têm sido aplicadas de forma diferente em estados e cidades. E o presidente Jair Bolsonaro costuma com frequência pedir a suspensão das restrições para proteger a economia e os empregos, apesar de o coronavírus já ter deixado 29.937 mortos no país.

O município do Rio de Janeiro anunciou um plano gradual de reabertura econômica, que constará de seis fases até uma "volta à normalidade" em agosto, informou o prefeito, Marcelo Crivella, durante coletiva de imprensa.

A primeira fase, que começará nesta terça, permitirá a retomada de atividades religiosas em locais de culto com estritas medidas de precaução, como a necessidade de se manter o distanciamento social.

Os esportes náuticos individuais, como o surfe ou a natação, poderão ser praticados, mas ninguém poderá tomar sol nas praias. Os comércios não poderão reabrir, salvo em casos excepcionais.

O estado de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil e principal motor econômico do país, iniciou nesta segunda-feira um plano gradual de desconfinamento.

O restante da América Latina também é motivo de preocupação. "Precisamos nos dedicar a apoiar especialmente a América Central e a América do Sul em sua resposta", declarou Ryan, que alertou para a instabilidade da situação em vários países, com "um aumento elevado dos casos" e uma pressão crescente nos sistemas sanitários.

O México, com 120 milhões de habitantes, tem mais de 93.000 casos declarados e se aproxima dos 10.000 mortos.

O Peru, com 33 milhões de habitantes, registra 4.600 óbitos e é o segundo país latino-americano com mais casos de COVID-19, com mais de 170.000 infectados.

O Chile, por sua vez, superou os 1.100 mortos e os 100.000 casos.

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