INTERNACIONAL

Corrida contra o tempo para descoberta de vacina contra a COVID-19

O desenvolvimento de uma vacina será um ponto de inflexão determinante na luta contra o coronavírus que já matou mais de 120

AFP
15/04/2020 às 14:08.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:44

O desenvolvimento de uma vacina será um ponto de inflexão determinante na luta contra o coronavírus que já matou mais de 120.000 pessoas no mundo, mas por enquanto os cientistas não sabem se ela ficará pronta neste ano ou se o mundo terá que esperar até 2021.

Somente com campanhas de vacinação em massa se conseguirá frear de modo eficaz a pandemia da COVID-19, alertam epidemiólogos, virólogos e sanitaristas.

"O desenvolvimento e a distribuição de uma vacina segura e eficaz serão necessários para interromper completamente a transmissão", enfatiza o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

As medidas de confinamento e o distanciamento social são caras e difíceis de manter por um longo período de tempo e, portanto, não são viáveis no médio e no longo prazo.

Por enquanto, nenhum tratamento é eficaz para curar doentes graves de COVID-19, que podem sofrer com pneumonia ou acelerações fatais do sistema imunológico.

Uma vacinação em massa permitiria imunizar uma alta porcentagem da população, impedindo a circulação do vírus SARS-CoV-2 e interrompendo a epidemia.

Foi o caso da varíola, outra doença viral sem tratamento efetivo, controlada desde a década de 1980 graças às vacinas.

Em meados de janeiro, foi obtida a sequência completa do novo coronavírus e, paralelamente à sua disseminação mundial, laboratórios de pesquisa do mundo todo se lançaram em busca de uma vacina.

Atualmente, mais de cem projetos estão em desenvolvimento com gigantes farmacêuticos e uma infinidade de laboratórios de biotecnologia, de acordo com François Balloux, pesquisador da University College London.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou que está em contato com os responsáveis por uma "dúzia" de projetos de vacinas, dos quais dois já entraram na fase de testes clínicos.

A China realiza três testes clínicos e o prestigiado Instituto Pasteur, na França, gerencia três projetos.

Os gigantes farmacêuticos Sanofi (França) e GSK (Reino Unido) esperam propor uma vacina em conjunto até o ano que vem. A concorrente americana Johnson & Johnson está comprometida com o desenvolvimento para o início de 2021.

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