Com mais de 75.000 mortos em todo o mundo e uma alta nos óbitos diários na Espanha, o novo coronavírus voltou nesta terça-feira (7) a mostrar sua face letal, enquanto o Reino Unido permanece em suspense com o primeiro-ministro Boris Johnson internado na UTI
Com mais de 75.000 mortos em todo o mundo e uma alta nos óbitos diários na Espanha, o novo coronavírus voltou nesta terça-feira (7) a mostrar sua face letal, enquanto o Reino Unido permanece em suspense com o primeiro-ministro Boris Johnson internado na UTI.
Desde o início da pandemia de COVID-19 foram registrados oficialmente 1.350.759 casos no mundo, mais da metade na Europa, onde aconteceram mais de dois terços das mortes (53.928 das 75.538), segundo um balanço da AFP.
O coronavírus provocou um choque no Reino Unido após a internação de Boris Johnson em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira à noite.
"O primeiro-ministro recebeu um pouco de oxigênio", disse o ministro de gabinete Michael Gove. "Mas não foi aplicado um respirador", completou.
O conservador é o único chefe de Estado ou de Governo de uma grande potência a ter contraído a doença, que tem consequências devastadoras no planeta. Johnson, 55 anos, subestimou a pandemia no início de março, quando a doença já provocava muitas mortes no planeta, e afirmou que continuava "apertando a mão de todos".
Ele foi substituído interinamente pelo ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, que se comprometeu a atuar para "derrotar o coronavírus" enquanto o chefe continuar hospitalizado.
Vários líderes mundiais, como o presidente americano Donald Trump, que há algumas semanas também minimizava a gravidade do coronavírus, desejaram uma rápida recuperação a Johnson.
Nos Estados Unidos, com mais de 365.000 casos e mais de 10.000 mortes provocadas pela COVID-19, Trump afirmou que os compatriotas devem se preparar para o "pico desta terrível pandemia".
Com mais de 50.000 pessoas diagnosticadas com a doença e 5.373 mortos, o Reino Unido se tornou um dos países europeus mais afetados.
A Europa, continente mais atingido pela pandemia, não conseguiu confirmar o sinal de esperança do fim de semana, quando o número de mortes caiu nos dois países com mais vítimas: Itália e Espanha.
A Espanha registrou nesta terça-feira 743 mortes em 24 horas, uma alta após quatro dias consecutivos de redução do balanço diário, o que eleva o total a 13.798 vítimas fatais.
Mas os números de pessoas hospitalizadas e internadas na UTI mantêm a tendência de queda, informou María José Sierra, que destacou o "início da observação de uma certa queda na pressão nos hospitais e nas Unidades de Terapia Intensiva".
Na Itália, país mais afetado do planeta com 16.523 falecimentos, o balanço voltou a aumentar na segunda-feira, com 636 mortes.
A França também registrou alta no mesmo dia, com o recorde de 833 óbitos, para um total de 8.911 vítimas fatais desde o início de março.
A China não registrou nenhuma morte nas últimas 24 horas, pela primeira vez desde janeiro, quando o governo começou a divulgar um balanço diário de infectados e vítimas fatais do novo coronavírus.