O coronavírus continua seu avanço inexorável na América Latina, que se tornou o novo "epicentro" da pandemia, principalmente no Brasil, o segundo país com mais casos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos
O coronavírus continua seu avanço inexorável na América Latina, que se tornou o novo "epicentro" da pandemia, principalmente no Brasil, o segundo país com mais casos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Pela terceira vez em quatro dias, o Ministério da Saúde brasileiro anunciou na sexta-feira (22) um balanço diário de mortes superior a 1.000.
O Brasil registra um total de 21.048 vítimas fatais, o que o coloca na sexta posição no mundo. Com um total de 330.890 contaminações, incluindo 20.803 nas últimas 24 horas, substituiu a Rússia (326.488 casos) na 2ª posição em termos de número de casos identificados.
A América do Sul é "um novo epicentro" da pandemia de coronavírus, informou na sexta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Vimos o número de casos aumentando em muitos países da América do Sul (...), mas claramente o mais afetado nesse estágio é o Brasil", disse Michael Ryan, responsável das situações de emergência da OMS.
O Peru, que foi o primeiro país latino-americano a impor restrições, também luta para conter a propagação do vírus, que continua a se espalhar, principalmente nos mercados e bancos que permaneceram abertos, com um sistema de saúde frágil, economia informal e pobreza endêmica.
O presidente peruano Martin Vizcarra estendeu na sexta-feira até 30 de junho o confinamento em vigor desde 16 de março e o "isolamento social obrigatório".
O país contabiliza mais de 3.100 mortes e mais de 110.000 casos desde 6 de março.
Com números provavelmente subestimados, a pandemia afetou oficialmente mais de 5,1 milhões de pessoas em todo o mundo. E matou pelo menos 335.538 desde sua aparição em dezembro na China, de acordo com um balanço da AFP estabelecido de fontes oficiais na sexta-feira.
País com mais casos, os Estados Unidos (1,6 milhão), também é o que contabiliza mais vítimas fatais, 95.921, incluindo 1.260 nas últimas 24 horas.
Para homenagear as vítimas, as bandeiras ficarão a meio mastro até domingo.
Apesar desses números, os 50 estados americanos iniciaram um desconfinamento parcial e progressivo, mantendo algumas restrições a respeito das aglomerações.
Os bares reabriram no Texas, sujeitos a uma limitação de um quarto de sua capacidade.
Donald Trump, muito popular entre os cristãos evangélicos, defendeu fortemente a reabertura imediata dos locais de culto no país.