INTERNACIONAL

Coronavírus já superou 800 mil infectados e deixou 40.000 mortos no mundo

A pandemia do novo coronavírus tirou a vida de mais de 40 mil pessoas em todo o mundo e infectou mais de 800 mil, causando mais mortes nos Estados Unidos do que na China, segundo o último balanço desta terça-feira (31), enquanto os governos reforçavam as medidas de confinamento

AFP
31/03/2020 às 17:50.
Atualizado em 31/03/2022 às 05:57

A pandemia do novo coronavírus tirou a vida de mais de 40 mil pessoas em todo o mundo e infectou mais de 800 mil, causando mais mortes nos Estados Unidos do que na China, segundo o último balanço desta terça-feira (31), enquanto os governos reforçavam as medidas de confinamento.

Três quartos do número de mortos foram registrados na Europa, uma triste estatística liderada pela Itália, com 11.000 mortos; seguida da Espanha, com 8.200 mortos; e da França, que registra mais de 3.000 mortes, número similar ao dos Estados Unidos e que se aproxima ao do Irã.

Desde o começo da pandemia, segundo uma contagem feita pela AFP, foram declarados oficialmente 803.645 casos em todo o mundo, mais da metade na Europa (440.928), 172.071 nos Estados Unidos e Canadá, e 108.421 na Ásia.

O número de mortos voltou a crescer na Espanha hoje, com 849 falecimentos, apesar de o país ter aplicado um dos confinamentos mais rígidos da Europa, paralisando todas as atividades econômicas não essenciais e proibindo até funerais, como a Itália já havia determinado.

"A tendência geral permanece", disse a médica Maria José Sierra, do Centro de Emergências Sanitárias. Os pacientes recuperados também registraram aumento, de 16.780 a 19.259, de acordo com os números do Ministério da Saúde.

A França também mostrou números recordes, com 499 mortos em um dia, assim como o Reino Unido, com 381 falecimentos.

Os hospitais espanhóis, sobretudo em Madri e Catalunha, estão lotados. "Começam a faltar sedativos", contou à AFP Nuria Martínez, médica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital "Puerta de Hierro" de Madri. "Estamos começando a restringir o acesso à UTI. Pessoas com mais de 80 anos não são internadas na UTI", lamentou.

A Itália registra quase 102 mil casos de Covid-19, em meio a graves dificuldades pela saturação dos hospitais.

Ester Piccinini, enfermeira de 27 anos, que atua em um hospital de Bergamo, ao norte do país, conta: "Pela manhã, ao chegar ao serviço, espero que esteja tudo bem. Não tanto por mim (...), já que estou muito protegida, mas pelos pacientes".

Segundo um estudo da Imperial College de Londres, as medidas de confinamento aplicadas em 11 países europeus podem ter salvo 59 mil vidas até hoje.

Nos Estados Unidos, um navio-hospital de 1.000 leitos chegou a Nova York, foco da epidemia no país, para dar um alívio aos congestionados centros médicos da cidade, ao mesmo tempo que o governo instala unidades provisórias de atendimento em um centro de convenções e no Central Park.

A epidemia também foi declarada a bordo do porta-aviões americano Theodore Roosevelt, atracado na Ilha de Guam, no qual o comandante pediu autorização para desembarcar e confinar toda a sua tripulação.

"Não estamos em guerra. Os marinheiros não precisam morrer", escreveu o capitão do navio, Brett Crozier.

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