O novo coronavírus ganha força na América Latina, com o Brasil à frente, e dá uma trégua à Europa, onde a Itália reabriu nesta quarta-feira (3) suas fronteiras aos cidadãos do continente, um passo rumo à normalidade após o vendaval sanitário e econômico provocado pela pandemia
O novo coronavírus ganha força na América Latina, com o Brasil à frente, e dá uma trégua à Europa, onde a Itália reabriu nesta quarta-feira (3) suas fronteiras aos cidadãos do continente, um passo rumo à normalidade após o vendaval sanitário e econômico provocado pela pandemia.
A situação é muito preocupante na América Latina, onde se registram mais de 1,1 milhão de contágios e 55.000 falecidos.
Nos próximos dias, o Brasil poderá superar o número de mortos da Itália, o terceiro país com mais óbitos pela COVID-19.
O país de 210 milhões de habitantes é o mais castigado na região, com mais de 555.000 casos e mais de 31.000 mortes. E assim como no resto do mundo, a epidemia atingiu com força sua economia: a produção industrial brasileira despencou 18,8% em abril por causa da crise sanitária.
Diante desse desastre econômico, o estado de São Paulo retomou as atividades de vendas em centros comerciais e o Rio de Janeiro liberou a ida a locais de culto e a prática de esportes aquáticos.
Na Bahia (nordeste), no entanto, o governador impôs a partir de quarta-feira um toque de recolher em 19 municípios do sul do estado para conter a propagação do coronavírus.
"Se não agirmos, podemos ver uma explosão de casos e uma explosão na demanda por leitos em unidades de terapia intensiva, que não poderemos atender", disse o governador Rui Costa.
A alternativa, disse, é "um grande número de óbitos" na Bahia, que já soma 21.000 casos e 700 mortes.
Uma vacina para a COVID-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca será testada em junho com 2.000 voluntários brasileiros.
Outro país que tenta avançar para o desconfinamento diante do desastre econômico é a Venezuela, onde bancos e negócios privados abriram as portas.
"O coronavírus não é brincadeira (...) mas precisava trabalhar", disse o gerente de uma sapataria de Caracas, Rubén Castillo.
As autoridades sanitárias do Chile prorrogaram pela quarta semana a quarentena que vigora em Santiago. O país tem mais de 113.000 contagiados e 1.275 falecidos.
No Equador, Quito também começou lentamente a voltar à normalidade, após onze semanas de confinamento.
Nos Estados Unidos, especialistas temem que a onda de protestos iniciada após a morte de um homem negro por um policial branco provoque uma nova onda de contágios. O país é o mais afetado do mundo em termos absolutos com mais de 106.180 falecidos e 1,84 milhão de casos.