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Coreia do Norte adverte EUA a não se envolver na relação com Coreia do Sul

A Coreia do Norte repreendeu os Estados Unidos nesta quinta-feira por criticar sua decisão de cortar os laços de comunicação com a Coreia do Sul, e advertiu Washington a ficar de fora dos assuntos entre os dois vizinhos se quiser garantir uma eleição presidencial tranquila

AFP
11/06/2020 às 00:38.
Atualizado em 27/03/2022 às 16:53

A Coreia do Norte repreendeu os Estados Unidos nesta quinta-feira por criticar sua decisão de cortar os laços de comunicação com a Coreia do Sul, e advertiu Washington a ficar de fora dos assuntos entre os dois vizinhos se quiser garantir uma eleição presidencial tranquila.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias KCNA, um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano definiu as atitudes dos Estados Unidos como "desagradáveis".

Os Estados Unidos devem "calar a boca e cuidar de seus assuntos internos primeiro", disse Kwon Jong Gun, diretor geral do Departamento de Assuntos americanos, se quiser evitar um "susto" e garantir a "celebração tranquila" das eleições presidenciais de novembro.

A ameaça implícita ocorre um dia antes do segundo aniversário da cúpula de Cingapura, na qual Kim Jong Un apertou a mão de Donald Trump e, assim, se tornou o primeiro líder norte-coreano a se reunir com um presidente americano.

As negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte estagnaram desde o fracasso de uma segunda reunião entre Trump e Kim, realizada em Hanói no ano passado e focada em eventuais concessões de Pyongyang em troca da redução das sanções econômicas.

Analistas dizem que o impasse nas negociações levou a Coreia do Norte a direcionar suas frustrações para Seul e não para Washington, realizando uma série de testes de armas nos últimos meses.

Desde a semana passada, apresentou queixas contra a Coreia do Sul e anunciou na terça-feira o corte de todos os canais oficiais de comunicação com seu vizinho.

O Departamento de Estado americano sinalizou sua "decepção" com a decisão.

Seul e Washington são aliados, e os Estados Unidos mantêm cerca de 28.500 soldados na Coreia do Sul para proteger o país do vizinho do norte.

O governo de Pyongyang está sujeito a várias sanções do Conselho de Segurança da ONU por seus programas de armas, mas realizou uma série de exercícios com armas nos últimos meses, descrevendo-os como múltiplos sistemas de lançamento de foguetes, embora o Japão e os Estados Unidos os rotulem como mísseis balísticos.

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