INTERNACIONAL

Contágios e restrições aumentam, enquanto UE busca acordo pós-coronavírus

A Índia superou, nesta sexta-feira (17), o marco de um milhão de casos de coronavírus e, horas antes, o Brasil ultrapassou dois milhões, enquanto em partes do mundo as restrições estão retornando, devido a surtos preocupantes

AFP
17/07/2020 às 09:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 20:14

A Índia superou, nesta sexta-feira (17), o marco de um milhão de casos de coronavírus e, horas antes, o Brasil ultrapassou dois milhões, enquanto em partes do mundo as restrições estão retornando, devido a surtos preocupantes.

Em paralelo, em Bruxelas, os líderes europeus se reúnem pessoalmente pela primeira vez em cinco meses, em uma cúpula para avançar em um acordo sobre seu plano de recuperação pós-coronavírus.

Nesta sexta-feira, a Índia se tornou o terceiro país do mundo em número de infecções, depois dos Estados Unidos e do Brasil. Em apenas um dia, 35.000 novos casos e 700 mortes foram notificados.

As autoridades ordenaram reconfinamentos locais para conter a propagação da epidemia, que já matou 25.602 pessoas, o que representa 18 mortes por milhão de habitantes, um número relativamente baixo, se comparado aos Estados Unidos (417 mortes por milhão de habitantes) e Brasil (365 mortes por milhão de habitantes), de acordo com cálculos da AFP com base em fontes oficiais.

"O medo da infecção é real (...) Não desaparecerá até que haja uma vacina. Enquanto isso, tenho que continuar lutando e tentando salvar vidas", diz Showkat Nazir Wani, médico que trabalha em uma unidade de terapia intensiva do Hospital Sharda, nos arredores de Nova Délhi, sobrecarregado pelo número de pacientes.

Em várias partes do mundo, o drama dos profissionais da saúde é o mesmo.

No Panamá, onde as infecções dispararam, os médicos aumentaram seus protestos, devido à falta de recursos humanos e materiais.

"Sou médico, não mártir", "cuidem de nós para que cuidemos de vocês", exclamam os médicos panamenhos em suas manifestações.

Na Espanha, os médicos exigem o fim de sua insegurança no emprego com contratos decentes.

No total, o número de mortes por coronavírus no mundo supera 590.000, e há quase 14 milhões de casos registrados oficialmente, segundo uma contagem da AFP.

No Brasil, onde já existem mais de 76.000 mortes, a barreira simbólica de dois milhões de infecções também foi superada na quinta-feira.

E a pandemia não dá sinais de trégua. Em apenas 24 horas, foram registradas mais de 45.000 novas infecções.

"Dois milhões é um número simbólico, porque não temos testes em massa. Provavelmente há quatro ou cinco vezes mais. Os cálculos mais pessimistas apontam para dez vezes mais", disse à AFP o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas e do Hospital Albert Einstein de São Paulo.

Em toda América Latina, as infecções somam mais de 3,6 milhões, e já existem mais de 154.000 mortes, segundo cálculos da AFP.

Nos Estados Unidos, onde a pandemia continua a avançar e já existem 3,5 milhões de infecções e mais de 138.000 mortes, a Flórida parece ser o novo epicentro da tragédia.

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