Um conselheiro do presidente Donald Trump reafirmou nesta sexta-feira (16) a meta do governo americano de reduzir o número de soldados no Afeganistão para 2
Um conselheiro do presidente Donald Trump reafirmou nesta sexta-feira (16) a meta do governo americano de reduzir o número de soldados no Afeganistão para 2.500 até o início de 2021, em uma tentativa de esclarecer os sinais confusos vindos do Executivo e enquadrar o Pentágono.
"O presidente estabeleceu um cronograma para a retirada das tropas", anunciou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Robert O"Brien.
"Teremos no próximo mês menos de 5.000 soldados e no início do próximo ano teremos diminuído para 2.500 homens".
Ao voltar a falar sobre o calendário que ele próprio havia anunciado na semana passada, O"Brien tentou esclarecer os sinais confusos emitidos pelo Executivo, depois que o presidente comentou há poucos dias sobre a retirada total das tropas do Afeganistão até o Natal.
Quando Trump tuitou que queria "trazer para casa o pequeno número de homens e mulheres corajosos que ainda servem no Afeganistão até o Natal", ele estava expressando um "desejo", explicou O"Brien durante uma conferência virtual organizada pelo think tank Aspen Institute.
"Acho que o que o presidente fez foi expressar o mesmo desejo de todos os presidentes desde a guerra pela independência", acrescentou.
O conselheiro de Trump também aproveitou a oportunidade para corrigir o diretor do Estado-Maior dos Estados Unidos, o general Mark Milley, que expressou dúvidas sobre o número de 2.500 homens no início de 2021, chamando a informação de "especulação".
"Posso garantir que é o calendário do presidente dos Estados Unidos. Não é uma especulação", respondeu O"Brien.
Durante uma rara entrevista à rádio pública americana NPR, transmitida na segunda-feira, o general Milley enfatizou que o acordo assinado em fevereiro entre os Estados Unidos e o Talibã "oferece condições", principalmente uma redução da violência no local.
Os militares temem que uma saída prematura do Afeganistão favoreça o ressurgimento de grupos extremistas, ocorridos há quase 20 anos após os ataques de 11 de setembro de 2001, promovidos pela Al Qaeda, então sob a proteção do Talibã.
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