O Congresso americano se prepara para aprovar, nesta quarta-feira (10), o gigantesco plano de estímulo de 1,9 trilhão de dólares impulsionado por Joe Biden, uma importante vitória para o presidente democrata no início de seu mandato, que dará alívio para as empresas e famílias
O Congresso americano se prepara para aprovar, nesta quarta-feira (10), o gigantesco plano de estímulo de 1,9 trilhão de dólares impulsionado por Joe Biden, uma importante vitória para o presidente democrata no início de seu mandato, que dará alívio para as empresas e famílias.
Este plano ajudará uma economia muito prejudicada pela pandemia e também será um amparo para os cidadãos americanos, já que contempla prolongar a duração do seguro-desemprego e inclui a entrega de 1.400 dólares em ajudas diretas através de cheques para as famílias de baixa renda.
Apesar da esperada oposição por parte dos republicanos, os democratas que ostentam a maioria na Câmara Baixa estão convencidos de que possuem vozes suficientes para aprovar o pacote em uma votação prevista para 13h00 no horário local (15h00 no horário de Brasília).
O líder da minoria republicana da Câmara, Kevin McCarthy, afirmou nesta quarta-feira que o plano de alívio econômico de Biden é uma "lista" de prioridades de esquerda que antecedem a pandemia.
"Isso não é uma lei de resgate, não é uma lei de alívio", afirmou o chefe da bancada republicana diante da votação iminente. "Esta é uma longa lista de prioridades de esquerda que antecede a pandemia e que não satisfaz as necessidades das famílias americanas", acrescentou.
Um ano depois do surgimento da pandemia, que provocou uma grave crise econômica que deixou milhões de desempregados, o projeto também contempla fundos para a vacinação.
Em 2020, a economia americana sofreu um colapso espetacular com uma contração de 3,5% do PIB, uma crise sem precedentes desde 1946.
Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o mercado de trabalho voltará ao seu nível anterior à pandemia apenas em 2024, se nenhuma medida de estímulo for aplicada.
De acordo com a Casa Branca, esta legislação "histórica" pode criar até 7 milhões de novos empregos este ano e vai ajudar a salvar vidas e também a reduzir a pobreza infantil.
A Câmara de Representantes já aprovou um esboço do projeto, mas deve aprovar as emendas introduzidas pelo Senado. Depois, a lei passará para a Casa Branca para ser promulgada por Biden.
"É uma lei notável, histórica, que levará a uma transformação profunda e permitirá avançar muito no combate ao vírus e responder nossa crise econômica", disse na terça-feira a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi.
Os republicanos se opõem a este programa de alívio devido ao seu custo alto que, segundo eles, aumentará o déficit fiscal e a dívida, mas estão em minoria na Câmara Baixa, o que leva a acreditar que o plano será aprovado.
"É vergonhoso que os democratas tenham ignorado sua obrigação de dar apoio real contra a covid para os americanos e que, em vez disso, usam este processo para avançar em sua agenda partidária", disse a representante republicana Ann Wagner durante o debate.
Para seu correligionário Tom McClintock, esta é a lei mais de "esquerda" já votada pelo Congresso dos Estados Unidos.
Além de injetar dinheiro na economia e incentivar o consumo - que é o motor da economia americana -, esta lei tem um caráter social marcante, que inclui auxílios para melhorar o acesso às creches para os mais pobres e fundos de auxílio-moradia para salvar os inquilinos dos despejos.