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Congresso do Peru nega confiança ao premiê e gabinete deve renunciar

O Congresso peruano negou, nesta terça-feira (4), um voto de confiança ao novo presidente do Conselho de Ministros, Pedro Cateriano, o que obriga todos os ministros a renunciarem, criando uma crise política em meio à severa emergência sanitária pela pandemia

AFP
04/08/2020 às 11:48.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:36

O Congresso peruano negou, nesta terça-feira (4), um voto de confiança ao novo presidente do Conselho de Ministros, Pedro Cateriano, o que obriga todos os ministros a renunciarem, criando uma crise política em meio à severa emergência sanitária pela pandemia.

"Não foi aprovada a moção de confiança solicitada. O resultado é 37 votos a favor, 54, contra, e 34 abstenções", anunciou o presidente do Congresso, Manuel Merino, depois de uma sessão parlamentar de mais de 20 horas.

Cateriano precisava de 66 votos, de um total de 130, para obter a ratificação de seu gabinete por parte do Congresso. A Casa é controlada por uma coalizão de quatro partidos populistas de centro direita e de esquerda.

A rejeição implica a renúncia de Cateriano e dos 18 ministros do gabinete nomeado pelo presidente do país, Martín Vizcarra, em 15 de julho.

A votação é uma dura derrota política para Vizcarra, que governa sozinho desde março de 2018, já que não tem partido e bancada próprios no Parlamento.

Vizcarra terá de apontar um novo presidente do Conselho de Ministros nos próximos dias e reformar seu gabinete, sem a presença de Cateriano.

"Foi uma coisa insólita: um gabinete que começa não recebe voto de confiança, em meio à pior crise do Peru por causa da pandemia", comentou o analista Fernando Rospigliosi, em entrevista ao canal N de televisão.

ljc/dga/tt

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