O Congresso do Peru aceitou nesta quinta-feira(7) a renúncia da vice-presidente do país, Mercedes Aráoz, sete meses depois de apresentar sua carta de demissão.
A informação foi publicada na conta do Congresso no Twitter, depois que 112 parlamentares votaram pela aceitação da renúncia e da abstenção de 15 fujimoristas. Não houve votos contra.
A economista de 58 anos, era a segunda vice-presidente. O primeiro, Martín Vizcarra, assumiu a presidência após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018) há dois anos, em meio a um escândalo de corrupção.
Aráoz, que passou de aliada a oponente de Vizcarra, renunciou em 1 de outubro de 2019, um dia depois que o governante dissolveu constitucionalmente o Congresso para encerrar recorrentes confrontos de poder.
Minutos após a dissolução, a maioria parlamentar de fujimoristas proclamou Aráoz como presidente encarregada do Peru, mas no dia seguinte ela anunciou sua renúncia.
A crise política terminou com a convocação de novas eleições legislativas, realizadas em 26 de janeiro. Um novo Congresso tomou posse em março.
A dissolução do parlamento foi apoiada por nove em cada 10 peruanos e aumentou a popularidade de Vizcarra, devido à perda de prestígio do Congresso controlado pelo partido de Keiko Fujimori.
O partido fujimorista da Força Popular, que forçou a renúncia de Kuczynsky, perdeu a maioria absoluta em janeiro, conquistando apenas 15 assentos, dos 73 obtidos em 2016.
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