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Confira detalhes dos testes da COVID-19 nos EUA, chave para suspender o confinamento

Antes de suspender as restrições para conter a pandemia do novo coronavírus, impostas desde março nos Estados Unidos, os especialistas repetem que é necessário detectar maciçamente a doença para controlar um possível ressurgimento e reagir com rapidez suficiente

AFP
15/04/2020 às 19:41.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:46

Antes de suspender as restrições para conter a pandemia do novo coronavírus, impostas desde março nos Estados Unidos, os especialistas repetem que é necessário detectar maciçamente a doença para controlar um possível ressurgimento e reagir com rapidez suficiente.

"Nosso sistema de testes é excelente", disse o presidente Donald Trump na terça-feira (14). Já o líder da oposição democrata no Senado, Chuck Schumer, não pensa o mesmo: "A capacidade de testar no país é perigosamente insuficiente".

Confira a seguir os detalhes dos testes de rastreamento de coronavírus no país, que nesta quarta (15) somava mais de 600.000 casos confirmados e 27.000 mortes por COVID-19.

Os Estados Unidos realizaram 3,1 milhões de testes até o momento, de acordo com o Covid Tracking Project.

O número começou a aumentar no final de março e atualmente está crescendo em cerca de um milhão por semana. Em números absolutos, o número é superior ao de qualquer outro país.

Os italianos fizeram cerca de um milhão de testes e a Coreia do Sul avaliou cerca de 500.000 casos, de acordo com o site Our World in Data, que coleta dados globalmente, com a ressalva de que as estatísticas geralmente são incompletas e imprecisas.

As diferenças se referem ao número de testes e ao número de casos, já que uma pessoa pode ser testada várias vezes ou com duas amostras de cada vez.

Nos Estados Unidos, isso varia de estado para estado. E a visão muda em relação à população como um todo: os Estados Unidos têm 329 milhões de habitantes.

Na Itália e na Coreia do Sul, mais pessoas foram avaliadas proporcionalmente: cerca de 18 e 10 testes por 1.000 habitantes, respectivamente. Nos Estados Unidos, foram realizadas 9 avaliações para cada 1.000 habitantes. Na Islândia, um pequeno país com uma população de 364.000 habitantes, foram realizados 100 testes para cada 1.000 habitantes, cobrindo 10% da população.

Até o final de fevereiro, os testes eram centralizados em Atlanta, na sede do Centro de Controle de Doenças (CDC), que havia desenvolvido seu próprio teste de diagnóstico. Mas não conseguiu produzir testes para laboratórios públicos nos estados.

Em 29 de fevereiro, o governo federal autorizou laboratórios privados a realizar seus próprios testes. Mas esses atores, cujos maiores representantes são os grupos LabCorps e Quest, estão em baixa capacidade há semanas, criando um atraso.

No início de abril, um funcionário de um hospital da Virgínia disse à AFP que esperava de cinco a sete dias para receber os resultados.

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