Os julgamentos de dois canadenses detidos na China desde dezembro de 2018 e acusados de espionagem começarão nos próximos dias, anunciou o ministro das Relações Exteriores canadense nesta quarta-feira (17)
Os julgamentos de dois canadenses detidos na China desde dezembro de 2018 e acusados de espionagem começarão nos próximos dias, anunciou o ministro das Relações Exteriores canadense nesta quarta-feira (17).
"Nossa embaixada em Pequim soube que as audiências de Michael Spavor e Michael Kovrig estão marcadas nos tribunais do país para 19 e 22 de março, respectivamente", disse Marc Garneau, chefe da diplomacia canadense, em um comunicado.
Para o Canadá, apoiado por muitos países ocidentais, seus dois cidadãos foram detidos "arbitrariamente" em retaliação pela prisão da executiva da Huawei, Meng Wanzhou, alguns dias antes, em Vancouver.
A filha do fundador da gigante chinesa das telecomunicações havia sido presa em 1º de dezembro de 2018 a pedido da justiça americana, que a acusa de contornar as sanções de Washington contra o Irã e quer julgá-la por fraude bancária.
"A detenção arbitrária do Sr. Kovrig e do Sr. Spavor é uma prioridade para nosso governo e continuaremos trabalhando incansavelmente para garantir sua libertação imediata", disse o ministro canadense.
O chefe da diplomacia canadense denunciou a "falta de transparência" das autoridades chinesas e exigiu poder assistir às aparições dos dois homens.
A prisão, no final de 2018, do ex-diplomata canadense Michael Kovrig e de seu compatriota Michael Spavor gerou uma crise diplomática sem precedentes entre Ottawa e Pequim.
O anúncio do início do julgamento ocorre no momento em que o processo de extradição contra Meng Wanzhou entra em sua fase final. As audiências finais antes da decisão canadense estão marcadas para maio.
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