O mundo superou nesta quinta-feira 750.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, com um forte avanço na América Latina, onde o México e a Argentina poderão colocar a disposição uma eventual vacina à região no primeiro trimestre de 2021
O mundo superou nesta quinta-feira 750.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, com um forte avanço na América Latina, onde o México e a Argentina poderão colocar a disposição uma eventual vacina à região no primeiro trimestre de 2021.
Com mais de 20,6 milhões de casos desde o surgimento em dezembro na China, a COVID-19 atravessou uma nova barreira ao alcançar 750.471 mortes até esta quinta-feira às 9H10, horário de Brasília, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.
América Latina e Caribe permanecem como a região com o maior número de contágios (5.826.336) e mortes (228.751).
Cinco países latino-americanos estão entre os 10 mais afetados do planeta: Brasil (2º, com 3.164.785 casos e 104.201 mortos), Peru (7º), México (8º), Colômbia (9º) e Chile (10º).
Neste lado do mundo há más notícias, como o retorno do toque de recolher aos domingos no Peru, segundo anúncio na quarta-feira, combinadas com algumas notícias que trazem esperança.
Na quarta-feira, foi anunciado que Argentina e México produzirão e distribuirão uma futura vacina contra a COVID-19. Os dois países, com exceção do Brasil, produzirão milhões de doses voltadas para a região da futura vacina desenvolvida pela aliança da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca.
A possível vacina, que está em fase de testes clínicos, estaria disponível no primeiro semestre de 2021, de acordo com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador nesta quinta-feira.
"Durante o primeiro trimestre do ano, iniciaremos o processo de fabricação, onde a substância ativa será feita na Argentina e exportada para o México para ser embalada", explicou Silvia Varela, representante da AstraZeneca no México.
O acordo permitirá que sua disponibilidade na América Latina seja antecipada em um ano, indicou a fundação do magnata mexicano Carlos Slim, que financiará a produção.
No Brasil, que tem acordos próprios sobre possíveis vacinas, o estado do Paraná assinou nesta quarta-feira um acordo com a Rússia para testar e produzir a Sputnik V, vista com ceticismo pela comunidade internacional.
Os números globais não param de aumentar e o mundo se movimenta de acordo com as flutuações da pandemia, que avança, retrocede e retorna a locais de onde havia desaparecido, sem permitir o relaxamento das autoridades e causando impactos na economia.
Os Estados Unidos lideram a lista com 166.038 mortos e 5.197.748 casos.
Porém, a situação dos empregos no país parece estar melhorando: houve uma queda nas novas solicitações de seguro-desemprego pela primeira vez desde março nos EUA, chegando a menos de 1 milhão na semana passada.
A Europa, por sua vez, atravessa o verão com cautela.
Richard Peabody, chefe da equipe de agentes infecciosos de alto risco da sede europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que o fim dos períodos de quarentena, o relaxamento nos comportamentos por causa do verão e a maior capacidade de fazer testes explicam o aumento de casos na Europa.
A Itália proibiu a entrada de pessoas procedentes da Colômbia por temer novos contágios.