O presidente socialista Nicolás Maduro concedeu indulto a mais de 100 opositores venezuelanos nesta segunda-feira, incluindo deputados e aliados do chefe do Legislativo, Juan Guaidó, no momento em que se aproxima uma questionada eleição para renovar o Parlamento
O presidente socialista Nicolás Maduro concedeu indulto a mais de 100 opositores venezuelanos nesta segunda-feira, incluindo deputados e aliados do chefe do Legislativo, Juan Guaidó, no momento em que se aproxima uma questionada eleição para renovar o Parlamento. Seguem abaixo os mais emblemáticos:
Marrero, 51 anos, era chefe de gabinete de Guaidó quando foi preso em março de 2019, acusado de fazer parte de uma "célula terrorista" que planejava ataques contra Maduro.
Segundo o governo, ele apoiou um fracassado levante militar contra o presidente em 30 de abril de 2019 em Caracas, liderado por Guaidó. É acusado de conspiração, lavagem de dinheiro, associação criminosa e ocultação de armas e explosivos.
Foi secretário do Parlamento em 2016 e advogado do líder opositor Leopoldo López, que, depois de se livrar de voltar para a prisão após o levante fracassado de 2019, permanece na casa do embaixador espanhol em Caracas.
Guevara, deputado de 34 anos e ex-líder estudantil, foi o primeiro vice-presidente do Parlamento no período 2017-2018. Encontra-se refugiado na embaixada do Chile em Caracas desde novembro de 2017, após ser acusado de incentivar a violência em protestos que buscavam a saída de Maduro e deixaram cerca de 125 mortos entre abril e julho daquele ano.
A Assembleia Constituinte, que rege a Venezuela com poderes absolutos, autorizou o seu julgamento por incitação à violência e associação criminosa.
O parlamentar e advogado de 76 anos é aliado de Guaidó e ocupou a presidência do Legislativo no período 2016-2017, após a oposição retomar o controle da Câmara. Foi acusado pela Justiça de crimes como traição e conspiração para apoiar o levante de abril de 2019.
Ramos Allup foi um adversário ferrenho do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) e de seu sucessor, Maduro. É secretário-geral do histórico partido social-democrata Ação Democrática, uma das principais organizações de oposição.
Em junho, o tribunal suspendeu a direção da AD, delegando-a a um concorrente.