EMPREGO EM BAIXA

Cidade perde no semestre 908 postos de trabalho

No Comércio, foram menos 898 trabalhadores com carteira assinada

Juliana Franco
29/07/2016 às 10:54.
Atualizado em 28/04/2022 às 04:57
Nos seis primeiros meses do ano, o Comércio teve 898 trabalhadores com carteira assinada  (Antonio Trivelin    )

Nos seis primeiros meses do ano, o Comércio teve 898 trabalhadores com carteira assinada (Antonio Trivelin )

Piracicaba fechou o primeiro semestre de 2016 com saldo negativo na geração de emprego. Foram menos 908 postos de trabalhos formais entre janeiro e junho - a cidade registrou 22.519 admissões e 23.427 demissões. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os setores de Comércio, Indústria de Transformação e Serviços foram os que mais demitiram. No Comércio, foram menos 898 trabalhadores com carteira assinada, nos seis primeiros meses do ano (5.987 contratações e 6.885 desligamentos). Já na Indústria de Transformação, foram menos 431 postos de trabalho. A área de Serviços fechou o período com saldo negativo em 359 empregos. O melhor desempenho foi do segmento de Agropecuária, que apresentou índice positivo em 882 contratações. Já a Administração Pública teve saldo positivo de 268 vagas de emprego. "Os números revelam que a crise perdura na economia brasileira com reflexos na nossa cidade. Esperamos uma pequena e lenta recuperação da atividade econômica para o segundo semestre de 2016. Mas ela só será possível com sinalizações positivas de nossa instável política", analisa o coordenador do Banco de Dados Socioeconômicos da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Francisco Constantino Crocomo. Para o economista, o número de empregos no município seria pior se a cidade não tivesse uma dinâmica em suas atividades econômicas. "Piracicaba apresenta números relevantes na Exportação e tem grande sinergia entre seus setores". No mesmo período do ano passado, o índice apresentado por Piracicaba era negativo em 361 postos de trabalhos formais. Na ocasião, o pior desemprego era o da indústria de transformação, com menos 1.506 vagas, seguido do comércio, com menos 923 postos. Comércio De acordo com o presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Paulo Roberto Checoli, os índices apresentados pelo Caged são reflexos da atual instabilidade econômica e política pela qual não só o município passa, mas sim todo o País. "Podemos citar a diminuição do poder de compra do brasileiro e a política governamental, que tende à restrição de crédito, como fatores cruciais para o declive no movimento no Comércio. Fato que gera cortes em postos de trabalho", afirma. "Porém, o empresário tem demonstrado confiança e a Acipi, uma entidade que tem como um de seus objetivos fomentar o desenvolvimento econômico, tem trabalhado arduamente para contribuir com a retomada deste desenvolvimento", complementa. Ainda segundo o presidente da entidade, bom exemplo é o convênio firmado entre a associação e a prefeitura, por meio da Semtre (Secretaria de Trabalho e Renda). "A iniciativa possibilita o oferecimento de cursos de capacitação profissional gratuitos à população, com foco na recolocação no mercado de trabalho". Junho No mês passado, o saldo de empregabilidade de Piracicaba foi negativo em 661 vagas de trabalho - resultado de 3.243 contratações e 3.904 desligamentos. No período, a Indústria de Transformação foi a que mais demitiu, foram menos 532 vagas com carteira assinada. Já o departamento de Serviços, apresentou saldo negativo de 144 vagas. Por outro lado, o Comércio fechou o sexto mês do ano com saldo positivo de 23 novas vagas.

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