A situação epidêmica em Pequim é "extremamente grave", afirmaram as autoridades municipais, que informaram 27 novos contágios na capital da China, enquanto a pandemia segue em propagação na América Latina e a Europa retorna com prudência a uma relativa normalidade
A situação epidêmica em Pequim é "extremamente grave", afirmaram as autoridades municipais, que informaram 27 novos contágios na capital da China, enquanto a pandemia segue em propagação na América Latina e a Europa retorna com prudência a uma relativa normalidade.
Há cinco dias, Pequim tem mais de 100 pessoas infectadas, a maioria delas vinculadas ao grande mercado atacadista de Xinfadi, na zona sul da capital, que foi fechado.
Pequim, que tem 21 milhões de habitantes, está em uma "luta contra o relógio" diante do novo coronavírus, afirmou o porta-voz da prefeitura, Xu Hejian.
As autoridades confinaram os moradores de 30 zonas residenciais da cidade, fecharam escolas e centros de lazer e organizam quase 90.000 teste de diagnóstico por dia, enquanto aumenta o temor de uma "segunda onda" no país em que surgiu a pandemia, em dezembro.
O resto do planeta, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), observa a China com lupa e com preocupação, como se fosse um espelho que reflete o que poderia acontecer em seus territórios em um futuro próximo.
O novo coronavírus matou mais de 436.000 pessoas no mundo e infectou mais de oito milhões, de acordo com um balanço da AFP baseado em dados oficiais.
A América Latina, onde a epidemia avança com força, registra 81.140 mortes e mais de 1,6 milhão de contágios. O Brasil é o país mais afetado da região, com quase 44.000 mortes e mais de 888.000 contágios confirmados, um balanço que só não é maior do que o dos Estados Unidos.
A modo de comparação, os contágios no Brasil, país de 212 milhões de habitantes, superam os registrados em toda Ásia, que alcançam 865.013.
No México, onde o governo considera que o pior já passou e que iniciou a retomada das atividades, o balanço é de 17.580 vítimas fatais e 150.264 casos confirmados.
No Peru, com mais de 6.800 mortes, o novo coronavírus provocou uma queda histórica de 40,49% em ritmo anual do PIB em abril, anunciou o governo, que autorizará em breve a reabertura dos centros comerciais.
O Equador, com 47.000 contágios e quase 4.000 mortos, decidiu prorrogar por mais 60 dias o estado de exceção em vigor desde março.
A pandemia virou um terreno fértil para os boatos e desinformação. Na Bolívia, moradores de três localidades destruíram na segunda-feira quatro antenas de telecomunicações por acreditar que eram de tecnologia 5G, associada equivocadamente à transmissão do novo coronavírus.
A Autoridade de Fiscalização e Controle de Telecomunicações (ATT) divulgou um comunicado para explicar que a tecnologia 5G não funciona no país e desmentir que esteja relacionada com o coronavírus.