O comitê permanente do Parlamento chinês iniciou, neste sábado (8), uma reunião de quatro dias para decidir como preencher o vazio legislativo deixado pelo adiamento das eleições legislativas em Hong Kong
O comitê permanente do Parlamento chinês iniciou, neste sábado (8), uma reunião de quatro dias para decidir como preencher o vazio legislativo deixado pelo adiamento das eleições legislativas em Hong Kong.
O governo de Hong Kong anunciou no final de julho o adiamento por um ano das eleições para o Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento do território semi-autônomo, que estavam marcadas para 6 de setembro, devido à pandemia do coronavírus.
O comitê permanente da Assembleia Nacional do Povo (ANP, parlamento chinês) examinará se prorroga o mandato dos atuais deputados, que expira em 30 de setembro, ou se nomeia um "órgão de transição".
A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, considerou que seria mais pragmático prorrogar o mandato da atual assembleia, mas isso esconde uma questão espinhosa: a de estender o mandato de quatro deputados da oposição, impedidos de continuar no cargo.
Suas candidaturas estão entre as 12 que foram invalidadas no final de julho pelas autoridades, invocando a nova lei de segurança nacional imposta por Pequim.
"Não permitiremos que qualquer pessoa que promova a independência de Hong Kong ou participe de ações ilegais, como distúrbios, continue no cargo", disse o deputado pró-Pequim Junius Jo na terça-feira.
De acordo com os críticos, a nova lei de segurança nacional implica um retrocesso nas liberdades vigentes desde que o Reino Unido entregou Hong Kong à China em 1997.
Na sexta-feira, Washington impôs sanções a 11 autoridades em Hong Kong, incluindo Lam.
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