Difícil, mas histórica. Assim o presidente chinês, Xi Jinping, classificou nesta terça-feira (8) a vitória de seu país contra a pandemia de coronavírus, que surgiu em seu território em dezembro, antes da propagação para o restante do mundo, onde as mortes, o medo, as quarentenas e os novos focos continuam marcando as vidas de milhões de pessoas
Difícil, mas histórica. Assim o presidente chinês, Xi Jinping, classificou nesta terça-feira (8) a vitória de seu país contra a pandemia de coronavírus, que surgiu em seu território em dezembro, antes da propagação para o restante do mundo, onde as mortes, o medo, as quarentenas e os novos focos continuam marcando as vidas de milhões de pessoas.
A Europa registra importantes e preocupantes novos surtos da doença e o número de contágios aumenta significativamente na França, Reino Unido e Espanha - este último país superou a marca meio milhão de contágios registrados e contabiliza entre 7.000 e 8.000 novas infecções diárias.
A pandemia já matou mais de 893.000 pessoas desde o fim de dezembro e infectou mais de 27 milhões, de acordo com um balanço da AFP que compila os dados oficiais dos países.
Na China, marco zero da covid-19, Xi Jinping afirmou que o país superou "um teste histórico e extremamente difícil", em uma grande cerimônia organizada em Pequim para homenagear os profissionais da saúde.
A China registra oficialmente apenas 4.634 mortes por covid-19 desde a detecção da doença em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan (centro do país).
"Travamos uma grande batalha contra a epidemia que foi avassaladora para todos. Superamos um teste histórico e extremamente difícil", afirmou Xi Jinping em seu discurso
"Agora estamos na vanguarda mundial em termos de recuperação econômica e de luta contra a covid-19", completou.
A China, no entanto, está no alvo do governo dos Estados Unidos, que questiona a gestão de Pequim na epidemia e acusa o país de ter ocultado a gravidade do novo coronavírus.
Uma posição criticada por Xi Jinping: "O egoísmo, atribuir a responsabilidade a outros e a distorção dos fatos correm o risco de provocar danos a seu próprio país e ao resto do mundo", advertiu.
Justamente nos Estados Unidos, país com o maior número de contágios e mortes por coronavírus (6,3 milhões de infecções e quase 190.000 mortes), a pandemia entrou de modo inevitável na campanha da eleição presidencial de novembro.
Na segunda-feira, o presidente Donald Trump chamou de "estúpido" o rival democrata, Joe Biden, e o acusou de ter uma "retórica antivacina".
Trump especulou sobre a possibilidade de ter uma vacina antes das eleições, algo que os especialistas consideram muito improvável.
"Não confiaria em Donald Trump e teria que ser uma fonte confiável de informação a falar sobre a eficácia e confiabilidade da vacina", afirmou Kamala Harris candidata democrata à vice-presidência, ao canal CNN.
"Quero transparência total sobre esta vacina", declarou Biden, que acusou o presidente de politizar os problemas de saúde.
Ao mesmo tempo que vários laboratórios trabalham para desenvolver uma vacina, os cientistas celebram o uso de alguns medicamentos para atenuar os efeitos do coronavírus.