O mega-pacote de estímulo à economia do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começará a irrigar a economia americana em breve e alguns analistas afirmam que grande parte do US$ 1,9 trilhão pode acabar investido na bolsa ou até mesmo em bitcoins
O mega-pacote de estímulo à economia do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começará a irrigar a economia americana em breve e alguns analistas afirmam que grande parte do US$ 1,9 trilhão pode acabar investido na bolsa ou até mesmo em bitcoins.
Ao longo do fim de semana, o governo começou a enviar os pagamentos diretos em cheques de US$ 1.400, que irão para quase todo mundo nos Estados Unidos.
Cerca de US$ 400 bilhões em pagamentos serão enviados diretamente a famílias, destinados a indivíduos que ganham menos de US$ 75.000 por ano ou casais que juntos recebam até US$ 150.000, assim como seus filhos.
E isso não inclui os créditos sobre impostos por filhos ou benefícios ao desemprego contemplados no plano, que também prevê financiamentos para conter a covid-19, acelerar a vacinação, ajudar na reabertura das escolas e ajudar empresas, governos estaduais e locais.
O montante dos pagamentos diretos de até US$ 5.600, livre de impostos, para uma família padrão de quatro pessoas, visa, segundo autoridades, a impulsionar a economia americana.
Mas a maioria dos americanos diz que ao invés de gastar, pretende usar o dinheiro para pagar dívidas, poupar ou investir, segundo uma pesquisa do Bank of America, que entrevistou 3.000 pessoas.
O banco descobriu que 30% usarão o dinheiro para pagar suas dívidas, 25% para engordar as economias e 9% querem investi-lo.
Estes recursos "ficarão no sistema financeiro e não criam demandas por produtos e serviços na economia real", revelou a pesquisa.
Com apenas 36% dos entrevistados dizendo que pretendem gastar os cheques, "não está claro quem estará fazendo o consumo voraz e sustentado que os mercados agora incluem na conta".
Os principais índices da bolsa bateram novos recordes em dois dias seguidos depois que Biden sancionou o plano de estímulo na semana passada, enquanto os investidores apostam em que a corrida por fundos irá incentivar uma rápida recuperação da maior economia do mundo.
A Mizuho Securities descobriu que cerca de 10% do plano de estímulo - aproximadamente US$ 40 bilhões - serão investidos em ações ou em criptomoedas, como o bitcoin.
Uma pesquisa feita com 235 pessoas que recebem menos de US$ 150.000 revelou que de 35% a 40% dos entrevistados disseram que investiriam parte dos cheques em ações e criptomoedas.
E 61% dos investidores pretendem comprar bitcoins, disse Dan Dolev, um dos líderes do estudo da Mizuho.
"Nós ficamos muito surpresos" de que o bitcoin "seja um veículo de investimento maior do que as ações", declarou à CNBC.