Paralelamente, a vacinação antirrábica prossegue em Piracicaba
Este ano já foram enviados ao laboratório do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, para exame de diagnóstico de raiva, 281 morcegos recolhidos pela equipe do CCZ local. Somente no mês de setembro, dois deles apresentaram diagnóstico positivo para a doença, de um total de seis confirmados. Regina Lex Engel, bióloga da CCZ, explica que “geralmente, quando estão doentes, os morcegos são encontrados caídos em quintais, dentro de imóveis, nas calçadas de ruas e praças. Ou seja, os animais apresentavam características anormais em relação aos seus hábitos de vida, o que fundamenta a suspeita da doença.” Segundo técnica, o morcego é quiróptero, de hábito insetívoro (se alimenta de insetos), da família molossidae e espécie Nyctinomops laticaudatus. “Com a chegada da primavera e o aumento da temperatura, há também um aumento na oferta de alimento para animais insetívoros, fazendo com que, automaticamente, sua população cresce. Com isso, a incidência de morcegos também é maior, o que amplia a possibilidade da transmissão de doenças entre eles”, explicou. De acordo com a bióloga, esta espécie de morcego se adaptou bem ao espaço urbano e se utiliza da estrutura das cidades como abrigo, se alojando em forro de imóveis, ou onde houver frestas que deem acesso a locais seguros para eles”. A raiva é transmitida somente pelo contato direto do animal com a pessoa ou com outro animal. Cães e gatos podem ter contato com morcegos portadores do vírus da raiva, quando este se encontram caídos e, se não estiverem vacinados, podem se contaminar. “Por isso é muito importante a vacinação antirrábica de cães e gatos, principalmente em animais que moram em áreas de ocorrência de casos positivos, pois o vírus da raiva está circulando nessas áreas e esses animais estão expostos”, explicou Regina.