O mato está por todos os lados (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
Aparecida da Silva Poppi ligou para a redação da Gazeta ontem para manifestar sua indignação com relação ao mato que toma conta do cemitério da Saudade. Ela esteve na segunda-feira acompanhando o sepultamento de uma professora, da qual era acompanhante, e ficou “ainda mais triste” com a situação. “Está um verdadeiro matagal. Em vez de criar gato, vão criar leão”, afirmou por telefone.
Ela relata que o carrinho utilizado para levar o corpo até o túmulo “amassava os matinhos no meio das ruas”. “Eu caminhava levantando a barra da calça. Nem segurava na mão de meu marido”, disse. João também se pronunciou: “Aquilo está um problema, a gente vai se perder por lá, parece uma floresta”.
Para Aparecida, as condições em que se encontra o mais antigo cemitério da cidade, o Saudade, representam um desrespeito à memória de familiares que estão sepultados. “São nossos antepassados”, afirmou ao relatar que para ver o túmulo de sua mãe precisou subir na lateral de outro porque estava escondido em meio metro de mato.
A Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) informa que já realizou o corte de mato nas ruas internas do Cemitério da Saudade e que o corte de mato nas quadras e entre os túmulos já está previsto e deve acontecer nos próximos dias.
