O mundo passou de 16 milhões de infecções confirmadas por COVID-19 neste domingo (26), metade delas no continente americano e, como imagem simbólica dessa pandemia que não conhece fronteiras, a Coreia do Norte anunciou um primeiro caso "suspeito"
O mundo passou de 16 milhões de infecções confirmadas por COVID-19 neste domingo (26), metade delas no continente americano e, como imagem simbólica dessa pandemia que não conhece fronteiras, a Coreia do Norte anunciou um primeiro caso "suspeito".
Desde o início de julho, os contágios confirmados aumentaram vertiginosamente e já superam os cinco milhões de novos casos, ou seja, quase um terço do total registrado desde dezembro.
Além disso, a pandemia também deixa mais de 645.000 mortos e várias conseqüências econômicas e sociais.
"Parece que o vírus vicioso entrou no país", disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de acordo com a agência oficial de notícias KCNA.
A agência informou que as suspeitas se dirigem para uma pessoa que fugiu do país há três anos e "voltou em 19 de julho, após cruzar ilegalmente", e provavelmente nadando, a separação entre as duas Coreias.
O líder de Pyongyang tomou "medidas de emergência" e confinou a cidade de Kaesong, na fronteira entre as duas Coreias, onde este homem teria sido localizado.
A situação pode levar a uma "catástrofe", disse a KCNA, já que a infraestrutura do sistema de saúde norte-coreano é muito deficiente para enfrentar uma epidemia dessa magnitude.
"Nenhum país está livre", afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no sábado (25).
Nos Estados Unidos, o país mais atingido, com mais de 146.000 mortes e mais de quatro milhões de casos, a pandemia não recua. Agora, as regiões mais afetadas são os estados do sul e oeste do país, incluindo o Texas, que a partir de domingo também enfrenta a tempestade tropical Hanna.
Na América Latina e no Caribe, onde os casos ultrapassam 4,2 milhões e o número de óbitos está perto de 180.000, o Brasil concentra 2,4 milhões dessas infecções e mais de 86.000 mortes.
No sábado, a prefeitura do Rio de Janeiro esclareceu que está buscando um modelo alternativo para sua famosa festa de Réveillon, que atrai milhões de pessoas à praia de Copacabana, para adaptá-lo à "nova realidade da pandemia".
Uma autoridade da Riotur, a agência de turismo do município, admitiu à AFP que "não há grandes motivos para celebrar" neste contexto, mas que se deseja dar à celebração "uma perspectiva de esperança".
Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro deu um passeio, visitou algumas lojas e conversou com apoiadores, após confirmar que era negativo para a COVID-19, diagnosticada em 7 de julho.
"Não senti nada, nem mesmo no começo. Se não tivesse sido testado, nem saberia que estava infectado com o vírus", disse o presidente aos apoiadores, segundo vídeos reproduzidos na imprensa brasileira.
Bolsonaro sempre minimizou o impacto dessa pandemia, o que lhe valeu muitas críticas.