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Casa Branca diz que Trump está 'muito bem', mas seu entorno se preocupa

O presidente americano, Donald Trump, hospitalizado com covid-19, está "muito bem" e não precisa de ajuda para respirar, disse neste sábado (3) sua equipe médica, embora uma fonte do entorno presidencial tenha advertido que sua recuperação não está garantida

AFP
03/10/2020 às 16:15.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:13

O presidente americano, Donald Trump, hospitalizado com covid-19, está "muito bem" e não precisa de ajuda para respirar, disse neste sábado (3) sua equipe médica, embora uma fonte do entorno presidencial tenha advertido que sua recuperação não está garantida.

Trump, de 74 anos, está "muito bem", não teve febre nas últimas 24 horas e seus sintomas melhoram, informou o médico da Casa Branca, Sean Conley, durante coletiva de imprensa em frente ao hospital militar Walter Reed, perto de Washington, aonde o presidente deu entrada na sexta-feira.

O nível de saturação de oxigênio no sangue do presidente é de 96%, razão pela qual precisa de oxigênio adicional, e a tosse, a congestão nasal e a fadiga estão melhorando, acrescentou.

No entanto, poucos minutos depois outra fonte apresentou um panorama diferente.

"Os sinais vitais do presidente nas últimas 24 horas têm sido muito preocupantes e as próximas 48 horas serão críticas no que diz respeito a seus cuidados. Ainda não estamos em um caminho claro rumo à sua completa recuperação", disse a fonte, que falou sob a condição do anonimato.

Em exatamente um mês, em 3 de novembro, os americanos vão votar para decidir se Trump permanecerá na Casa Branca para um novo mandato ou se põem em seu lugar o adversário democrata, Joe Biden.

Mas a campanha eleitoral, já duramente afetada pela pandemia, sofreu um novo golpe com o contágio do presidente e de um número crescente de republicanos.

Também há incertezas sobre os próximos debates televisionados, inclusive o previsto para o dia 7, que confrontará o colega de chapa do presidente, o vice Mike Pence, e a senadora Kamala Harris, candidata a vice de Biden.

O segundo debate entre Trump e Biden, previsto para 15 de outubro em Miami, dependerá da evolução do quadro do presidente.

Alguns observadores já se interrogam sobre as consequências institucionais de um eventual impedimento para que Trump continue: o vice-presidente - que testou negativo para o coronavírus - assumiria o comando do país e da campanha republicana.

A Casa Branca está vinculada a vários contágios. A lista de pessoas próximas a Trump infectadas está em crescimento: sua esposa Melania, sua assessora Hope Hicks, seu chefe de campanha Bill Stepien, três senadores republicanos e sua ex-assessora Kellyanne Conway... Além de três jornalistas credenciados.

Também neste sábado soube-se que o senador Ron Johnson e Chris Christie, que ajudou Trump a se preparar para o debate de terça-feira passada contra Biden, também testaram positivo para a covid-19.

No sábado passado, com dezenas de convidados na Casa Branca para a posse da juíza Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, as câmeras capturaram uma série de apertos de mãos e abraços, e a maioria dos convidados não usava máscara, uma prática evidente entre os republicanos como um sinal de lealdade.

Após o anúncio de seu exame positivo na madrugada de sexta-feira, Trump tuitou duas vezes: postou um vídeo de 18 segundos gravado na mansão presidencial, no qual anunciou que seria internado, e uma mensagem por volta da meia-noite, na qual escreveu: "Acho que tudo está correndo bem. Obrigado a todos. AMOR!!!!".

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