Eleições 2022

Carolina Angelelli: uma mulher prática

A proposta é contribuir para a solução de problemas sociais, com apoio de observatórios e universidades

Da Redação
12/08/2022 às 07:57.
Atualizado em 12/08/2022 às 07:58
Carolina Angelelli: ‘É preciso sentar em torno de uma mesa e dialogar’ (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Carolina Angelelli: ‘É preciso sentar em torno de uma mesa e dialogar’ (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A candidata a deputada estadual, Carolina Angelelli (PSD), acredita que os representantes eleitos pela cidade precisam ter um olhar mais técnico e aplicado para identificar os fatores que dificultam o desenvolvimento social e a melhoria do bem-estar da população. 

"É preciso sentar em torno de uma mesa e dialogar. Não dá apenas para ter olhar crítico, sem a devida disposição para encaminhar a questão de tal forma que a solução apareça e seja levada adiante, com humildade e determinação, a partir de um acordo", explica.

Seu olhar para a causa feminina é um exemplo de como pensa. "O feminicídio, por exemplo, pode ser enfrentado com mais eficácia, desde que o agressor passe a ser monitorado, porque é ele o perigo. Não adianta criar botão de pânico ou tentar manter a vítima distante, porque o agressor se movimenta e faz o que lhe dá na cabeça", enfatiza. 

E continua: "Observe a delegacia da mulher. Não há equipe adequada, não há viaturas suficientes. Temos cerca de 600 medidas protetivas em Piracicaba. Como garantir a dignidade e a segurança de uma mulher vítima de violência com uma estrutura tão distante da realidade? Agora, tendo o controle do agressor, o quadro muda e a solução para o problema se torna factível".

O mesmo olhar aguçado, segundo ela, precisa ser desenvolvido para tantos outros problemas sociais. "Por isso, caso eu seja eleita, pretendo trabalhar em parceria com os observatórios sociais e institutos. "Temos o Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), que nos dão suporte para compreender o que está acontecendo nas cidades. Isso facilita muito o nosso trabalho".

Ela aponta também o Instituto Sou da Paz, que trabalha como indicadores de segurança pública. "Além da leitura da realidade, são organismos que procuram propor soluções para os problemas do dia a dia. Precisamos ter uma relação madura e de troca de experiências com quem entende do assunto. As universidades também estão aí para nos assessorar. Eles nos dão um Raio-x da realidade", diz.

E por falar em experiência, Carolina Angelelli acredita também que o sistema político e a gestão pública estão um tanto engessados com relação à dianâmica da socidade moderna. "A realidade é dinâmica e os ajustes precisam ser feitos com maior rapidez e precisão, respeitando as diferença de gênero e de necessidades. Temos as informações de que mais de 50% dos lares brasileiros são comandados por mulheres, mas elas continuam ter baixa representação política e parlamentar para alcançar paridade com os homens, em termos de cargos e salários. Isso não pode continuar assim".

Finalmente, ela destaca a RMP. "São cidades com vocações distintas. Precisamos conhecer com mais precisão suas potencialidades e a partir de uma leitura mais segura, propor caminhos para o desenvolvimento. A postura unilateral não é o melhor caminho para o desenvolvimento sustentável", conclui.

Em 2020, Carolina foi candidata a prefeito e obteve 4 mil votos. "Foi uma estratégia que desenvolvemos para que eu ganhasse experiência sobre questões macro da sociedade piracicabana e também tivesse maior visibilidade". Convidada pelo ex-prefeito de Paulínia, Edson Moura, com quem ela faz dobradinha no plano federal, ela submeteu seu nove ao partido e foi aprovado. Pretende agora submeter seu nome novamente ao eleitorado.

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