Campanha para arrecadar remédios e fraldas

A campanha de arrecadação de remédios e fraldas geriátricas deve se tornar uma ação permanente do Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba (FUSSP), segundo a presidente do órgão, Selma Maria Salvego de Aguiar. Lançada no dia 8 de março, a iniciativa já conseguiu quatro mil fraldas geriátricas, centenas de medicamentos, mas ainda precisa de mais doações para atender a demanda. A campanha é realizada em parceria com a Pastoral da Caridade (Pasca), que coordena o Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba e tem apoio da Gazeta e Rádio Onda Livre AM/FM.

"Todas as pessoas podem contribuir. Uma pessoa pode comprar um pacote de fralda, uma vez por mês e doar. É um item que traz conforto e é necessário para o tratamento das pessoas que estão acamadas", contou Selma, que tem ido pessoalmente solicitar a contribuição de empresas e instituições da cidade. Já recebeu apoio da Unimed e da Rede Drogal.

De acordo com Cássia Tonin Del Tio, assistente social da Central de Projetos do (FUSSP), há atualmente pedidos de 70 pessoas para usar as fraldas, entre eles, nove são de crianças com mais de oito anos de idade, com paralisia cerebral ou outras limitações que necessitam das fraldas. "O critério para ser atendido é o socioeconômico e somente entregamos as fraldas para pacientes que trazem a prescrição médica de que é preciso o uso".

Assim fez Alice Pereira dos Santos, 61, que cuida de sua mãe, Frausina Maria de Jesus, 88, junto com uma irmã e a família.

"Minha mãe começou a usar fraldas há algum tempo, mas só à noite. A saúde dela foi complicando e há cinco meses ela está acamada, dependemos muito da fralda. Sem essa ajuda a gente não conseguiria comprar a quantidade necessária que ela precisa por mês", contou.

Alice explicou que a família tem um gasto grande com a compra de hidratantes, pomadas e medicamentos, além de alimentos para fazer sopa e sucos. Antes, precisavam comprar alimento líquido porque ela foi alimentada por sonda por um período, conforme ela. "Recebemos ajuda do PAD (Programa de Atendimento Domiciliar), mas não é tudo que eles nos dão. Temos de comprar muitas coisas", disse.

Ontem, ela levou para casa três pacotes de fraldas, que atenderão a demanda por uns dias. "Trocamos a fralda quatro a cinco vezes por dia. Quando não conseguimos aqui, compramos, mas é bem difícil", afirmou ela que é moradora do Jardim Ibirapuera.

DEMANDA

Os tamanhos de fraldas que estão em falta no momento, conforme Cássia, são a P, GG e Extra G.