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Campanha nos EUA se volta para estados republicanos cobiçados pelos democratas

O candidato democrata Joe Biden se aventura nesta terça-feira (27) na Georgia, um estado onde os republicanos ganham há décadas, e o presidente Donald Trump viaja para Michigan, Wisconsin, Nebraska e Nevada, na reta final da campanha nos Estados Unidos, a sete dias do voto

AFP
27/10/2020 às 14:16.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:11

O candidato democrata Joe Biden se aventura nesta terça-feira (27) na Georgia, um estado onde os republicanos ganham há décadas, e o presidente Donald Trump viaja para Michigan, Wisconsin, Nebraska e Nevada, na reta final da campanha nos Estados Unidos, a sete dias do voto.

Na última semana de campanha, Trump, de 74 anos, está radiante depois de conseguir uma importante vitória política após a confirmação no Senado de sua candidata para a Suprema Corte, Amy Coney Barrett, com a qual busca atiçar os eleitores mais conservadores e a direita religiosa e colher votos na área central dos Estados Unidos.

No jardim da Casa Branca, Trump celebrou na segunda-feira o juramento da juíza - conhecida por sua oposição ao aborto - como um "dia transcendental para os Estados Unidos".

Em uma aposta arriscada, Biden, de 77 anos, visitará nesta terça-feira a Georgia, um estado que vota pelos republicanos há décadas e que ninguém teria sonhado em mudar de ideia, mas no qual os candidatos estão lado a lado, segundo as pesquisas.

Sua companheira de chapa, a senadora democrata pela Califórnia Kamala Harris, também estará em território republicano em uma tentativa de tirar o Arizona e Texas de Trump, dois estados em que uma mudança demográfica poderia modificar a dinâmica partidária.

As agendas do dia tanto de Biden como de Harris mostram uma estratégia pouco convencional, que busca cobrir todas as brechas e caminhos inesperados que podem levá-los a somar os votos eleitorais que precisam para chegar à Casa Branca.

A uma semana das eleições, Trump viajará para o Michigan, estado que ganhou em 2016 mas que quatro anos depois se inclina para Biden, de acordo com as pesquisas.

No entanto, o presidente se prende ao fato de na eleição passada muitas pesquisas terem se equivocado, quando venceu a eleição.

Depois, o presidente irá para La Crosse e West Salem no Wisconsin, tentando diminuir a vantagem de Biden nas pesquisas.

Em um dia cheio, ele também visitará o Nebraska e finalizará a jornada em Nevada.

Prova do fervor gerado por essa eleição, cerca de 60 milhões de pessoas já votaram antecipadamente.

A eleição ocorre em meio a uma pandemia que atingiu em cheio os Estados Unidos, o país com mais mortes com cerca de 225.739 óbitos e 8.704.968 casos de covid-19.

O próprio Trump se infectou e foi hospitalizado e Biden manteve uma campanha de baixa intensidade, que nos primeiros meses se concentrou majoritariamente em eventos online.

Com a pandemia, Trump perdeu um de seus argumentos mais sólidos para a reeleição: uma economia que conseguiu fazer com que o desemprego chegasse a um mínimo de 3,5%.

Mas a pandemia destruiu milhões de empregos e transformou o discurso do governo, que agora foca na possibilidade de que a recuperação seja rápida e nas expectativas para 2021.

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