A vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus deve estar disponível para todos os países de maneira justa - estimou nesta quinta-feira (14) a Comissão Europeia, depois que o grupo farmacêutico Sanofi anunciou que daria prioridade aos Estados Unidos
A vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus deve estar disponível para todos os países de maneira justa - estimou nesta quinta-feira (14) a Comissão Europeia, depois que o grupo farmacêutico Sanofi anunciou que daria prioridade aos Estados Unidos.
"A vacina contra a COVID-19 deve ser um bem público mundial, e seu acesso deve ser justo e universal", disse em coletiva de imprensa o porta-voz da comunidade, Stefan de Keersmaecker.
O diretor-geral da companhia farmacêutica francesa, Paul Hudson, declarou na quarta-feira que, se encontrassem a vacina, a entregariam "primeiro" aos Estados Unidos, já que esse país "compartilha o risco" na busca de tratamento no âmbito de uma colaboração.
Nesta quinta, o diretor da Sanofi na França, Olivier Bogillot, disse que o grupo não dará prioridade aos Estados Unidos na distribuição da vacina, se a União Europeia (UE) for igualmente "eficaz" para financiar seu desenvolvimento.
"Para nós, seria inaceitável um acesso privilegiado a este, ou àquele país sob o pretexto monetário", considerou a secretária francesa de Estado para a Economia, Agnès Pannier-Runacher.
A Comissão Europeia reiterou o compromisso do bloco com uma vacina, lembrando que, no início deste mês, organizou uma conferência de doadores que levantou cerca de US$ 8 bilhões, mas da qual o governo dos Estados Unidos se recusou a participar.
"Para nós, em uma palavra, é muito importante trabalharmos nisso globalmente, já que o vírus é um vírus global", acrescentou De Keersmaecker.
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