O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, elogiou como "fantástico" e "poderoso" a união que associa as províncias que compõem o Reino Unido há 300 anos, nesta quinta-feira (23), diante do retorno das tendências separatistas da Escócia depois da pandemia
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, elogiou como "fantástico" e "poderoso" a união que associa as províncias que compõem o Reino Unido há 300 anos, nesta quinta-feira (23), diante do retorno das tendências separatistas da Escócia depois da pandemia.
Em visita às Ilhas Órcades, situadas no extremo norte da Escócia, Johnson rejeitou os pedidos de um novo referendo sobre independência da província, seis anos após a primeira votação, na qual 55% dos escoceses votaram contra.
"Esta união é uma instituição fantástica e poderosa", afirmou Johnson à emissora Sky News, acrescentando que ela "ajudou o país em tempos difíceis".
Para o primeiro-ministro conservador, o referendo ocorrido "há alguns anos" constitui uma votação que ocorre apenas uma vez por geração.
"E a maneira de se calcular isso pouco importa, não mudou a geração" desde 2014, insistiu.
Os pedidos por uma Escócia independente ressurgiram fortemente depois da muito criticada forma de Londres lidar com a pandemia.
Segundo uma pesquisa feita pela Panelbase, neste mês 54% dos escoceses seriam a favor da independência, três pontos a mais do que nos seis meses anteriores.
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, líder do partido independentista SNP, "deu as boas-vindas" a Johnson em um tweet, com quem ela se reunirá durante sua visita.
Aproveitou a oportunidade para reafirmar um dos "principais argumentos dados pela independência escocesa", o de "tomar suas próprias decisões, em vez de ver nosso futuro ser decidido por políticos que não votamos".
Durante as eleições legislativas realizadas em dezembro, um grande número de escoceses votou no SNP.
Sturgeon garantiu que buscaria colaborar com as outras províncias britânicas, porque "é do interesse de todos". Porém, ela também alertou que seria "muito firme" sobre "o direito do governo escocês" de tomar "suas próprias decisões", especialmente em questões de saúde.
Elogiada por sua gestão durante a pandemia e segundo as últimas pesquisas, Nicola Sturgeon é apoiada por 60% dos escoceses, bem à frente de Boris Johnson.
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