O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a eficácia das vacinas nesta sexta-feira (22), poucos dias depois do Brasil, em meio à segunda onda da pandemia da covid-19, iniciar sua campanha de imunização com a vacina chinesa CoronaVac, que criticou em diversas ocasiões
O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a eficácia das vacinas nesta sexta-feira (22), poucos dias depois do Brasil, em meio à segunda onda da pandemia da covid-19, iniciar sua campanha de imunização com a vacina chinesa CoronaVac, que criticou em diversas ocasiões.
"Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador um tempo atrás falou que ia obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária, afinal de contas, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí", disse o presidente a jornalistas em Brasília.
"Peço que o pessoal leia os contratos com as empresas para tomar pé de onde chegaram as pesquisas e porque não se concluiu ainda dizendo que é uma vacina perfeitamente eficaz. Pelo que tudo indica segundo a Anvisa, ela vai ajudar a que casos graves nao ocorram no Brasil a quem for vacinado", acrescentou.
Bolsonaro, cético sobre a gravidade da pandemia e a eficácia das vacinas, não fez referência explícita à CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac associado ao Brasil no Instituto Butantan, em São Paulo.
Esse imunizante é o único que começou a ser aplicado no país, depois que a Anvisa autorizou no último domingo o uso emergencial de seis milhões de doses.
A outra vacina autorizada é a britânica AstraZeneca/Oxford, que começará a ser administrada depois que os primeiros dois milhões de doses chegarem na noite desta sexta-feira da Índia, onde são fabricadas.
A "vacina chinesa" se tornou objeto de embates políticos entre o presidente e o governador de São Paulo, João Doria, seu possível adversário nas eleições presidenciais de 2022.
O Brasil, que atrasou a campanha de vacinação em relação a outros países, vive uma recuperação dramática da pandemia, com mais de mil mortes por dia e um saldo de quase 215 mil óbitos, superado apenas pelos Estados Unidos.
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