INTERNACIONAL

Bolívia, um dos países da América Latina com maior proporção de indígenas

A Bolívia, que realiza eleições gerais neste domingo, é um dos países da América Latina com maior proporção de população indígena e um dos mais pobres, apesar de suas grandes reservas de gás natural e lítio

AFP
16/10/2020 às 06:16.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:38

A Bolívia, que realiza eleições gerais neste domingo, é um dos países da América Latina com maior proporção de população indígena e um dos mais pobres, apesar de suas grandes reservas de gás natural e lítio.

O esquerdista Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, e o ex-presidente de centro Carlos Mesa são os principais candidatos à presidência, segundo as pesquisas.

Ex-território do império inca localizado no planalto andino, a Bolívia é o país da América Latina com a maior proporção de população indígena: 41% dos 11,5 milhões de bolivianos (Censo de 2012).

Em 22 de janeiro de 2006, Evo Morales, líder do Movimento ao Socialismo (MAS) nascido na pobreza no altiplano, pastor de lhamas e depois líder sindical cocaleiro, tornou-se o primeiro presidente indígena da Bolívia.

A Constituição de 2009 buscou reparar séculos de injustiça dando maior destaque aos indígenas: reconhecimento de 36 idiomas oficiais (Quechua, Aymara, Guarani, entre outras), reconhecimento da justiça indígena com seus processos e costumes próprios, no mesmo nível da justiça educação comum e multicultural.

Reeleito em 2009 e 2014, Morales foi autorizado a se candidatar à reeleição indefinidamente em 2017 por uma decisão polêmica do tribunal constitucional, opção que havia sido rejeitada em 2016 por plebiscito.

Desde sua independência em 1825, a Bolívia já foi palco de 200 golpes ou tentativas, chegando a três em menos de 48 horas, segundo historiadores.

Até 1982 a nação vivia imersa em grande instabilidade política.

A instabilidade voltou em 2019, quando a oposição denunciou fraude em uma nova reeleição de Morales.

Depois de três semanas de protestos, Morales renunciou após perder o apoio dos líderes militares.

Ele foi sucedido pela política direita Jeanine Áñez, que convocou novas eleições.

Esta campanha é marcada pela polarização na figura de Morales, pela deterioração econômica e pela pandemia do coronavírus.

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