O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, defendeu os direitos humanos e pediu o fim da guerra no Iêmen durante sua primeira conversa por telefone com seu equivalente saudita, Faysal Ben Farhan, informou o Departamento de Estado neste sábado (6)
O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, defendeu os direitos humanos e pediu o fim da guerra no Iêmen durante sua primeira conversa por telefone com seu equivalente saudita, Faysal Ben Farhan, informou o Departamento de Estado neste sábado (6).
Durante a chamada, na sexta-feira, as duas autoridades "abordaram a segurança regional, a luta contra o terrorismo e a cooperação para prevenir ataques contra o reino" saudita e "defendê-lo", disse o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, em um comunicado.
"O secretário de Estado delineou várias prioridades-chave do novo governo, incluindo a promoção dos direitos humanos e os esforços para acabar com a guerra no Iêmen", acrescentou.
O ex-presidente Donald Trump foi acusado por seus detratores de ter pouca consideração pelos direitos humanos em seu apoio às lideranças sauditas.
Quando o príncipe herdeiro Mohamed bin Salmán foi considerado pelo Congresso dos EUA como "responsável" pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, Trump reafirmou seu apoio, explicando que a relação com este aliado importante e as vendas de armas para Riad eram mais importantes do que qualquer outra consideração.
Farhan parabenizou seu homólogo americano por sua nomeação e afirmou que Riad estava ansiosa para trabalhar com Washington para enfrentar "desafios em comum", segundo a agência de notícias oficial saudita (SPA), que também indicou que a Arábia Saudita estava disposta a cooperar para apoiar "a segurança e estabilidade na região".
Os dois também discutiram "relações históricas e estratégicas" entre seus países, segundo a SPA.
A conversa acontece após o compromisso do presidente dos EUA, Joe Biden, na quinta-feira, de apoiar "esforços diplomáticos" no Iêmen, onde a Arábia Saudita lidera uma coalizão militar desde 2015 em apoio às forças governamentais contra os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.
O presidente democrata, em seu primeiro discurso de política externa desde que assumiu o cargo, também anunciou o fim do "apoio" e da "venda de armas" dos EUA a essa coalizão militar.
Ele confirmou ainda a nomeação de um experiente diplomata, Timothy Lenderking, como enviado especial dos Estados Unidos ao Iêmen.
Em reação, "o país reafirma sua posição de apoio a uma solução política global para a crise do Iêmen e saúda o fato de os Estados Unidos enfatizarem a importância dos esforços diplomáticos" para resolvê-la, informou a agência oficial saudita na sexta-feira.
Riad também saudou o "compromisso" de Biden em "cooperar com o país para defender sua soberania e combater ameaças contra ele", acrescentou.
Dezenas de milhares de pessoas, principalmente civis, foram mortas e outras milhões foram deslocadas durante a guerra no Iêmen, que causou, de acordo com a ONU, a catástrofe humanitária mais grave do mundo atual.
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