O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, se encontrará presencialmente com os eleitores nesta quinta-feira pela primeira vez desde que ganhou a indicação
O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, se encontrará presencialmente com os eleitores nesta quinta-feira pela primeira vez desde que ganhou a indicação. Já o presidente Donald Trump retorna a Wisconsin, um estado-chave para a vitória em 3 de novembro.
Faltando menos de sete semanas para o dia da eleição, Biden aumentou suas aparições públicas depois de passar longos períodos em sua casa em Delaware, mesmo com Trump multiplicando suas viagens aos chamados estados indecisos, onde as preferências dos eleitores têm oscilado entre republicanos e democratas.
Agora, os dois candidatos estão se lançando na campanha a sério, embora de maneiras muito diferentes.
Trump retorna a Wisconsin para um evento público ao ar livre exibindo sua marca registrada, em contraste com o estilo mais calmo de Biden.
O ex-vice-presidente de Barack Obama responderá a perguntas de uma audiência ao vivo e seguindo as regras de distância social em um fórum em terreno familiar: Scranton, a cidade da Pensilvânia onde nasceu há 77 anos.
Uma sessão presencial de perguntas e respostas é algo que Biden evitou em grande parte durante a pandemia, que até agora custou a vida de quase 200.000 americanos.
Seus eventos favoritos foram discursos em Delaware, apenas com repórteres e parte de sua equipe presentes.
Ele viajou para estados pendulares como Wisconsin, Flórida e Pensilvânia, mas evitou multidões e interagiu com os eleitores apenas em ambientes pequenos e controlados.
Trump, de 74 anos, costuma ser irônico que seu rival permaneça enclausurado em seu "porão", recusando-se a participar de eventos de campanha mais tradicionais.
De acordo com autoridades locais citadas pela mídia dos EUA, o fórum em Scranton será realizado no estacionamento de um estádio e os participantes pré-aprovados entrarão e estacionarão perto do palco.
Segundo a CNN, o evento atenderá às diretrizes impostas pela Pensilvânia para reduzir a disseminação da covid-19, com encontros de no máximo 250 pessoas.
As aparições de Biden e Trump acontecerão um dia depois que cada candidato se concentrou na pandemia de coronavírus que atingiu os Estados Unidos como um assunto de campanha, oferecendo visões dramaticamente diferentes da resposta do governo Trump.
Biden fez um discurso mordaz na quarta-feira, no qual disse não confiar em Trump para fornecer uma vacina livre de qualquer interferência política.
"Deixe-me ser claro: eu confio em vacinas. Eu confio em cientistas. Mas não confio em Donald Trump", disse.
Enquanto isso, o presidente republicano insistiu que uma vacina poderá estar pronta este ano, o que contradiz diretamente o cronograma dado por um oficial de saúde do governo.
Segundo Trump, o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield, um dos mais proeminentes especialistas que monitoram a resposta a uma pandemia nos Estados Unidos, "cometeu um erro" e "ficou confuso" em uma audiência com legisladores, na quarta-feira, em que disse que uma vacina segura e eficaz não estaria amplamente disponível até meados de 2021.