O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai propor nesta quarta-feira (31) um investimento de quase dois trilhões de dólares em infraestruturas, com o objetivo de gerar empregos e colocar em prática um plano que deseja transformar em símbolo de sua gestão
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai propor nesta quarta-feira (31) um investimento de quase dois trilhões de dólares em infraestruturas, com o objetivo de gerar empregos e colocar em prática um plano que deseja transformar em símbolo de sua gestão.
A primeira fase do programa "Build Back Better" (Reconstruir Melhor), que será apresentado em um discurso em Pittsburgh, Pensilvânia, detalhará os investimentos previstos para oito anos.
O plano inclui destinar 620 bilhões de dólares ao setor de transporte para modernizar mais de 32.000 quilômetros de estradas e rodovias.
Acusado por seu antecessor Donald Trump de ser um político sem ideias e sem diretrizes fortes, Biden deseja transformar o plano em um dos símbolos de seu mandato.
O presidente "pensa que seu papel é o de oferecer uma perspectiva ousada sobre como podemos investir em nosso país, nossas comunidades, nossos trabalhadores", disse sua porta-voz, Jen Psaki.
Os investimentos seriam particularmente financiados pelo aumento do imposto sobre as empresas, que passaria de 21% para 28%.
De acordo com a Casa Branca, após o aumento, a taxa permaneceria no menor nível desde a Segunda Guerra Mundial, com exceção dos anos sob a reforma fiscal de Trump, aprovada em 2017.
A nova ofensiva legislativa acontece pouco depois de o Congresso aprovar um plano de 1,9 trilhão de dólares para reparar os danos provocados pela pandemia de covid-19 na economia.
O discurso desta quarta-feira será o ponto de partida de uma batalha no Congresso, que promete ser tão áspera como incerta.
A maioria democrata é muito apertada, e duras negociações são esperadas.
Os próximos meses serão um teste para a habilidade de negociação de Biden, um ex-senador e veterano da política de Washington.
"O presidente quer mostrar claramente que tem um plano e que está aberto à discussão", afirmou uma fonte da Casa Branca.
"Mas ele não assumirá compromissos ante a urgência do momento e a necessidade de realmente entregar algo para o povo americano e conseguir reconstruir melhor", completou.
O plano considera ampliar "a revolução dos carros elétricos" com, por exemplo, a mudança para ônibus elétricos de 20% da frota destinada ao transporte escolar.
Também considera construir infraestruturas mais resistentes às evoluções vinculadas à mudança climática.