INTERNACIONAL

Biden enfrentará várias crises que serão destaque em seu governo

Uma pandemia furiosa. Uma crise econômica. Um país dividido. Profundas feridas raciais.Joe Biden já tem toda sua agenda definida enquanto se prepara para tomar posse como o 46º presidente dos Estados Unidos na quarta-feira

AFP
19/01/2021 às 09:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:01

Uma pandemia furiosa. Uma crise econômica. Um país dividido. Profundas feridas raciais.

Joe Biden já tem toda sua agenda definida enquanto se prepara para tomar posse como o 46º presidente dos Estados Unidos na quarta-feira.

"O que é peculiar para Biden não é tanto que haja uma crise, mas o número de crises simultâneas", disse Mary Stuckey, professora de comunicação da Universidade Penn State.

Talvez a maior seja a pandemia de covid-19, que assola os Estados Unidos, país que se aproxima das 400.000 mortes.

"Temos 4.000 americanos morrendo de covid todos os dias", destacou David Farber, professor de História da Universidade do Kansas. "E a distribuição federal da vacina tem sido um desastre".

"Então eu acho que (esta crise) é central e que (Biden) terá que manter sua mente focada nela", acrescentou.

Biden já delineou um plano multifacetado para combater a pandemia, que inclui o aumento de testes e do rastreamento epidemiológico e a vacinação de 100 milhões de pessoas em seus primeiros 100 dias no cargo.

Porém, a pandemia de covid-19 não pode consumir toda a atenção do futuro chefe da Casa Branca, que aos 78 anos será o homem mais velho a tomar posse como presidente dos Estados Unidos.

Não são muitos os presidentes que assumem o poder com uma situação econômica como a que Biden herdará, embora alguns de seus antecessores tenham encarado um cenário pior.

"Em 1933, Franklin Roosevelt chegou à Casa Branca com uma taxa de desemprego de 25%, com o mercado de ações caindo quase 90% e com as pessoas incapazes de sacar suas economias dos bancos", lembrou Farber.

"Os Estados Unidos superaram situações piores", disse ele, observando que o próprio Biden, como vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), ajudou a navegar pela crise econômica de 2008 "em um momento em que parecia que a economia mundial estava afundando".

Biden propôs recentemente um estímulo econômico de 1,9 trilhão de dólares, chamado Plano de Resgate dos Estados Unidos, a fim de revitalizar a principal economia mundial.

O pacote inclui US$ 400 bilhões para enfrentar a covid-19, US$ 440 bilhões para pequenas empresas e outros negócios afetados pela pandemia e US$ 1 trilhão de ajuda direta aos americanos, dos quais uma parte será um pagamento de 1.400 dólares aos mais necessitados, além de alguns pagamentos de 600 dólares já feitos em dezembro.

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