INTERNACIONAL

Biden e Trump travam batalha em estados-chave a 21 dia das eleições

Donald Trump afirmou na terça-feira para uma multidão na Pensilvânia que luta contra "marxistas" e "lunáticos", enquanto seu rival nas eleições presidenciais de novembro, o democrata Joe Biden, o acusou na Flórida, outro estado-chave, de ter tratado os americanos como "prescindíveis" durante a pandemia de covid-19

AFP
14/10/2020 às 06:15.
Atualizado em 24/03/2022 às 13:25

Donald Trump afirmou na terça-feira para uma multidão na Pensilvânia que luta contra "marxistas" e "lunáticos", enquanto seu rival nas eleições presidenciais de novembro, o democrata Joe Biden, o acusou na Flórida, outro estado-chave, de ter tratado os americanos como "prescindíveis" durante a pandemia de covid-19.

A apenas 21 dias das eleições, em 3 de novembro, e em desvantagem nas pesquisas, Trump disparou todo o arsenal de exageros contra os democratas e insultou Biden.

Ele afirmou que o ex-vice-presidente estava "assustado como um cão" durante o debate entre ambos e o chamou de "louco" mentalmente, além de ter declarado que o democrata é um peão dos comunistas.

"Está entregando o controle a socialistas e marxistas e aos extremistas da esquerda", disse Trump em Johnstown. "Não consegue enfrentar os lunáticos que dirigem seu partido".

Trump, de 74 anos, foi ainda além em sua narrativa de que Biden, três anos mais velho, é muito frágil para ser presidente ao tuitar uma foto falsa que mostra o candidato democrata em uma cadeira de rodas, cercado de idosos em cadeiras de rodas.

"Biden para presidente", afirma a legenda, mas com o "p" riscado para criar a palavra "residente".

A "piada" com os idosos enfermos contrasta com as dificuldades aparentes - segundo algumas pesquisas - do presidente para reter a lealdade dos adultos mais velhos, uma parte importante do eleitorado.

Em Johnstown, presidente republicano tentou retomar a imagem de "outsider" de 2016 e repetiu que está lutando contra uma "classe política corrupta e egoísta" em Washington.

Trump, apesar das dificuldades nas pesquisas, deixou claro que não pretende convencer os eleitores democratas em um país profundamente dividido.

"Se eles chegarem lá, isto acabará como uma versão da Venezuela em grande escala", disse.

O coronavírus, que matou quase 215.000 pessoas nos Estados Unidos, foi apenas mencionado, apesar de Trump ter passado três noites hospitalizado depois de ser diagnosticado com a doença.

"Vamos esmagar o vírus em breve. Já está passando", disse o presidente, apesar do aumento de casos em alguns estados no país.

Poucas horas antes, Biden organizou um evento de menor porte na Flórida, dentro de sua estratégia de campanha mais discreta, e criticou a gestão de Trump na pandemia.

Igualmente ou até mais importante que a Pensilvânia nas eleições, a Flórida é um estado considerado "campo de batalha". Trump venceu no estado em 2016, mas desta vez as pesquisas apontam a vantagem de Biden.

O democrata cortejou os eleitores mais velhos.

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