INTERNACIONAL

Biden dá início a seu plano sobre as mudanças climáticas às custas do Canadá

Para combater as mudanças climáticas, o presidente Joe Biden decretou nesta quarta-feira (20) o dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris e deteve a construção de um polêmico oleoduto apesar do risco de esfriar as relações com o Canadá

AFP
21/01/2021 às 06:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 18:54

Para combater as mudanças climáticas, o presidente Joe Biden decretou nesta quarta-feira (20) o dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris e deteve a construção de um polêmico oleoduto apesar do risco de esfriar as relações com o Canadá.

"Vamos combater as mudanças climáticas como jamais fizemos até agora", disse Biden no Salão Oval da Casa Branca horas depois de assumir suas funções.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou "calorosamente" este anúncio e os instou a propor novos "ambiciosos" objetivos climáticos.

"Welcome back" (bem-vindos de volta), disse o presidente francês, Emmanuel Macron ao cumprimentar Biden pela posse.

O retorno ao acordo de Paris implica um processo de 30 dias depois que os Estados Unidos enviarem uma carta à ONU, manifestando o desejo de voltar.

Desmontar o oleoduto Keystone XL, que conecta as areias betuminosas de Alberta às refinarias da costa texana foi uma promessa eleitoral de Biden como forma de contribuir a conter as mudanças climáticas.

Este projeto, apoiado por Ottawa, foi lançado em 2008 e detido pela primeira vez por Barack Obama, que invocou a defesa do meio ambiente. Mas Trump o reviveu por razões econômicas.

"Saudamos o compromisso do presidente de lutar contra as mudanças climáticas, mas estamos decepcionados por sua decisão sobre o projeto do Keystone XL", disse Trudeau horas depois de ter cumprimentado Biden.

Depois de quatro anos de Donald Trump na Presidência, os especialistas consideram que o democrata vai restaurar a credibilidade dos Estados Unidos no cenário internacional, propondo-se objetivos concretos com vistas a alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Para isso, Biden planeja reunir os líderes dos países mais poluentes em uma cúpula na qual pretende convencê-los a tornar seus compromissos ambientais mais ambiciosos.

"É importante que os Estados Unidos demonstrem que estão decididos, especialmente em casa", disse David Waskow, do World Resources Institute, um centro que defende que os Estados Unidos estabeleçam uma redução de 45% a 50% das emissões totais de gases de efeito estufa até 2030 com relação aos níveis de 2005.

Há muitas medidas ao alcance de Biden para reparar os danos ambientais causados pelo antecessor.

Pode, por exemplo, restaurar as regulamentações sobre as emissões de gases contaminantes eliminadas por Trump e fixar novas normas, como a proteção de 30% das terras e das águas americanas gradativamente até 2030.

O presidente democrata vai apresentar ao Congresso no mês que vem seu plano de 20 bilhões de dólares para o clima, que supostamente aponta a aplicar normas verdes duradouras no coração da maior economia do planeta.

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