INTERNACIONAL

Biden anuncia volta dos Estados Unidos abertos ao mundo ao iniciar transição

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o retorno do país ao cenário mundial, ao apresentar nesta terça-feira (24) sua futura equipe de política externa e segurança nacional no início formal da transição, enquanto Donald Trump continua sem admitir a derrota

AFP
24/11/2020 às 23:07.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:24

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o retorno do país ao cenário mundial, ao apresentar nesta terça-feira (24) sua futura equipe de política externa e segurança nacional no início formal da transição, enquanto Donald Trump continua sem admitir a derrota.

"Os Estados Unidos estão de volta. Prontos para liderar o mundo", disse Biden em Wilmington, Delaware, ao lado dos primeiros escolhidos para altos cargos de seu futuro governo, todos usando máscaras e respeitando o distanciamento por causa da pandemia do novo coronavírus.

O grupo inclui veteranos do governo Barack Obama, do qual Biden foi vice-presidente, mas é mais diverso e marca um retorno à diplomacia americana tradicional, revertendo a postura dos "Estados Unidos em primeiro lugar" de Trump.

Biden, que será empossado em 20 de janeiro, assegurou que o processo de transferência do poder "já começou", e que prevê receber informações classificadas de Inteligência.

"O pessoal da Segurança Interna nos contatou (...) Já estamos preparando uma reunião com a equipe da covid na Casa Branca", destacou em entrevista à NBC. "Não houve nenhum ressentimento até agora. E não espero que haja".

A transferência de poder, prevista por lei, teve o aval do presidente republicano na noite de segunda-feira, 16 dias depois de seu adversário democrata ser declarado o vencedor nas eleições.

Trump, que insiste, sem apresentar provas, que ganhou as eleições de 3 de novembro, sofreu um novo revés nesta terça, quando Pensilvânia e Nevada confirmaram a vitória de Biden.

Na véspera, a certificação de Michigan, outro estado-pêndulo, fez com que a Administração de Serviços Gerais (GSA) ativasse os protocolos de transferência do poder, em meio a vozes crescentes do Partido Republicano pedindo que se avance com o estipulado.

A decisão da GSA libera fundos para que a equipe de Biden se prepare e permite que o governo em fim de mandato e o próximo coordenem temas delicados, como o combate à pandemia de covid-19, que já deixou 258.000 mortos nos Estados Unidos.

Trump, que fez poucas aparições públicas desde sua derrota eleitoral, não disse uma única palavra sobre as eleições em dois eventos.

Da sala da imprensa na Casa Branca, ele comemorou o novo recorde da Bolsa de Nova York, onde o índice de referência, Dow Jones, superou os 30.000 pontos pela primeira vez, assim como os avanços para a vacina contra a covid-19.

"Só quero parabenizar todas as pessoas do governo que trabalharam tanto. E o mais importante, quero parabenizar o povo do nosso país, porque não há gente como vocês", disse ele.

Depois, durante a tradicional cerimônia anual de perdão do peru antes da ceia do Dia de Ação de Graças, fez menção ao seu lema. "Os Estados Unidos em primeiro lugar, não deveríamos nos distanciar disso: os Estados Unidos em primeiro lugar", disse, no Jardim Rosado.

Mais cedo, ele retuitou uma foto sua no Salão Oval, com a legenda: "Não concedo NADA!!!!!"

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por