Em um novo revés para o presidente americano Donald Trump, o seu ex-conselheiro, Steve Bannon, foi detido nesta quinta-feira (20), acusado de fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México, anunciou a promotoria do distrito sul de Nova York
Em um novo revés para o presidente americano Donald Trump, o seu ex-conselheiro, Steve Bannon, foi detido nesta quinta-feira (20), acusado de fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México, anunciou a promotoria do distrito sul de Nova York.
O estrategista da campanha presidencial do republicano em 2016 alegou inocência diante do crime de fraude bancária e do delito de conspiração para lavagem de dinheiro, segundo a imprensa americana.
Foi liberado após pagar fiança de US$ 5 milhões.
A acusação diz que a campanha virtual de arrecadação de fundos "Construímos o muro", idealizada por Bannon e outros três acusados, recebeu doações de mais de US$ 25 milhões.
Ainda que Bannon e outros três tenham prometido usar toda a quantia na construção do muro, na verdade ficaram com parte da quantia para uso pessoal, de acordo com os promotores.
A prisão do nacionalista Bannon é o episódio mais recente de uma série de embates judiciais envolvendo integrantes do círculo íntimo de Trump, que tentará a reeleição em 3 de novembro.
Nesta quinta-feira, Trump afirmou não saber de nada sobre a campanha "on-line" para financiar o muro na fronteira com o México.
"Não sei nada sobre este projeto", afirmou Trump no Salão Oval. "Não tenho contato com ele há muito tempo", acrescentou, referindo-se a seu ex-assessor.
"Acredito que seja algo muito triste para Bannon. Acredito que seja surpreendente", prosseguiu Trump, que disse "sentir-se muito mal" pelo ex-assessor.
Em colaboração com a Guarda Costeira, as autoridades prenderam Bannon, de 66 anos, na manhã desta quinta-feira, em um iate de 45 metros quadrados na costa de Connecticut, de acordo com o New York Times. O jornal informou que o barco de US$ 35 milhões pertence ao milionário chinês exilado, Guo Wengui.
Em 2018, a campanha "Construímos o muro" foi criada por outro acusado, Brian Kolfage, hospedada no site GoFundMe.
Tinha como objetivo arrecadar fundos para o muro que o presidente americano prometeu construir durante sua campanha eleitoral em 2016, como forma de impedir a imigração ilegal a partir do México e da América Latina.
Uma semana após o lançamento, a campanha já estava havia recebido US$ 17 milhões em doações, o que fez o GoFundMe suspeitar e levou o site a encerrá-la.
O GoFundMe informou aos organizadores que deveriam identificar uma organização sem fins lucrativos legítima para a qual destinariam o dinheiro, caso contrário, seria devolvido aos doadores.