INTERNACIONAL

Bachelet renova acordo com Venezuela para aumentar cooperação em Direitos Humanos

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, informou nesta segunda-feira (14) que renovou com o governo venezuelano o Memorando de Entendimento, um acordo para aumentar a cooperação em questões humanitárias no país

AFP
14/09/2020 às 13:13.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:00

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, informou nesta segunda-feira (14) que renovou com o governo venezuelano o Memorando de Entendimento, um acordo para aumentar a cooperação em questões humanitárias no país.

Este acordo, assinado em setembro do ano passado e que tinha entre seus objetivos abrir um escritório permanente na Venezuela, foi prolongado por um ano renovável, disse Bachelet na 45ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU reunido em Genebra.

"O novo acordo inclui a triplicação do número de oficiais de direitos humanos no país", destacou a Alta Comissária em um comunicado.

Segundo a ex-presidente chilena, desde a assinatura do acordo, a presença de seu escritório na Venezuela "se fortaleceu". Além disso, foram feitos avanços "em áreas como a revisão de protocolos policiais sobre o uso da força".

Desde setembro passado, o escritório da Alta Comissária realizou 15 visitas a 14 centros de prisão, o que demonstra o "importante papel" de seus colaboradores em relação às pessoas detidas e familiares, continua a nota.

Em uma visita recente aos principais centros de detenção do serviço de inteligência SEBIN e a contra-espionagem militar DGCIM em Caracas, a equipe de Bachelet entrevistou confidencialmente um total de 39 pessoas vinculadas a casos significativos.

Para a Alta Comissária, isso constitui um "salto qualitativo notável" e espera que sirva para melhorar a condição dos presos e que em breve possa visitar outros centros.

A situação dos direitos humanos na Venezuela tem sido alvo de fortes críticas de Bachelet, que em julho apresentou um relatório no qual novamente denunciava "prisões arbitrárias, violações às garantias ao devido processo" e casos de "tortura e desaparecimentos forçados" na Venezuela.

bur-es/pc/aa

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