A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu ao Irã que liberte seus presos políticos, diante da disseminação significativa da covid-19 nas prisões iranianas
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu ao Irã que liberte seus presos políticos, diante da disseminação significativa da covid-19 nas prisões iranianas.
Em nota, a ex-presidente do Chile declarou que é "muito importante" que o Irã, país mais afetado pela pandemia na região, inclua em suas diretrizes para libertação temporária desses detentos advogados, cidadãos estrangeiros e defensores dos direitos humanos e outros ativistas.
Bachelet manifestou sua "preocupação", ao ver que as medidas destinadas a reduzir a disseminação do vírus nas prisões foram "usadas de forma discriminatória contra esse grupo de presos".
Também disse estar muito preocupada com o caso particular da advogada iraniana Nasrin Sotoudeh, que encerrou uma greve de fome de 45 dias em setembro, devido a seus problemas de saúde.
"Peço às autoridades que a libertem imediatamente para que possa ser tratada em casa", insistiu Bachelet.
Em um país com prisões já "superlotadas", o sistema sofre com "péssimas condições sanitárias" que aumentam o risco de contágio.
Como aponta a ONU, a escassez de água, de produtos de higiene e de desinfetantes, somada aos escassos meios de proteção e kits de diagnóstico, assim como a falta de tratamentos médicos adequados e espaços para confinamento, têm provocado uma alarmante disseminação do vírus nas prisões iranianas e alto número de mortes.
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