O governo australiano pediu nesta terça-feira (13) à China um esclarecimento depois que vários meios mencionaram possíveis restrições chinesas às importações de carvão australiano
O governo australiano pediu nesta terça-feira (13) à China um esclarecimento depois que vários meios mencionaram possíveis restrições chinesas às importações de carvão australiano.
O ministro do Comércio, Simon Birmingham, disse que questionou a China através dos canais diplomáticos se ela instruiu os grupos chineses a pararem de comprar carvão australiano, em um contexto de degradação das relações bilaterais.
"Tive conversas com a indústria australiana e estamos nos aproximando das autoridades chinesas sobre essas especulações", disse à rede Sky News.
"Não quero me precipitar sobre essas especulações, mas trabalhamos com o setor, agimos e falamos com a China", disse.
Várias publicações especializadas, em particular a S&P Global Platts, informaram que as autoridades chinesas deram às siderúrgicas e aos fornecedores de energia controlados pelo Estado a "ordem verbal" de não comprar mais carvão australiano.
Nesta terça-feira à tarde, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, questionado sobre o assunto, convidou os jornalistas a dirigirem-se a outras autoridades competentes sobre essa questão.
"Relações saudáveis e estáveis entre China e Austrália são mutuamente benéficas para os dois países, mas ambas as partes devem se esforçar", disse Zhao Lijian, antes de convidar Canberra a "fazer mais para fomentar a confiança mútua entre China e Austrália".
As relações entre China e Austrália, já tensas, se agravaram ainda mais quando o primeiro-ministro Scott Morrison apoiou os pedidos dos Estados Unidos de investigação sobre a epidemia de coronavírus surgida na China.
Um embargo chinês sobre o carvão teria sérias consequências para uma economia australiana muito dependente de suas matérias-primas, que está vivenciando sua primeira recessão em 30 anos devido ao impacto da pandemia de covid-19.
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