INTERNACIONAL

Aumento de casos na Europa preocupa OMS, e pandemia não cede nas Américas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se disse "preocupada" nesta sexta-feira (24) com o reaparecimento de casos de COVID-19 em vários países europeus, enquanto a pandemia não dá trégua nos Estados Unidos, no México e no Brasil e gera preocupação em partes da Ásia, onde também há surtos

AFP
24/07/2020 às 11:49.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:18

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se disse "preocupada" nesta sexta-feira (24) com o reaparecimento de casos de COVID-19 em vários países europeus, enquanto a pandemia não dá trégua nos Estados Unidos, no México e no Brasil e gera preocupação em partes da Ásia, onde também há surtos.

Em um sinal do avanço incontrolável do vírus, os Estados Unidos já têm quatro milhões de casos de COVID-19, um limiar catastrófico que também foi ultrapassado na América Latina e no Caribe.

Com mais de 3 milhões de infecções, 207.000 mortes e múltiplos surtos, a Europa preocupa a OMS, que nesta sexta pediu cautela frente à suspensão das restrições e sugeriu que elas sejam restabelecidas, se necessário, embora não tenha citado nenhum país específico.

"O ressurgimento recente de casos em alguns países que levantaram medidas de distância social é realmente uma preocupação (...) As restrições devem ser cuidadosamente removidas. Onde houver surtos, deve haver uma reação rápida e bem dirigida, isolamentos, rastreamento de casos e quarentenas", disse uma porta-voz da OMS-Europa à AFP.

Em termos proporcionais, a Bélgica, onde já existem 64.847 casos registrados e mais de 9.800 mortes, é um dos países com o maior número de óbitos por COVID-19, com 85 vítimas fatais para cada 100.000 habitantes.

O anúncio nessa sexta-feira da morte de uma menina de três anos no país, a vítima mais jovem da Bélgica, chocou as autoridades, que indicaram que a menina sofria de patologias anteriores.

Com o aumento de infecções, a primeira-ministra Sophie Wilmès anunciou mais medidas de proteção e máscara obrigatória em "locais lotados" abertos e fechados.

Essa decisão começa a ser aplicada em outros países, como a Áustria, que anunciou que a máscara passa a ser obrigatória a partir desta sexta-feira em supermercados e em locais oficiais.

O aumento de casos na Espanha, que registrou um total de 28.426 mortes, e na França, com 30.182, também levaram a medidas semelhantes.

Desde que surgiu no final do ano passado na China, o novo coronavírus infectou cerca de 15,5 milhões de pessoas e matou mais de 633.000 em todo mundo, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

O presidente Donald Trump, que durante meses minimizou o impacto da crise, descreveu nesta semana como "preocupante" o aumento de casos no sul do país, de longe o mais atingido pela pandemia em termos absolutos, com mais de 144.000 mortes.

Trump cancelou a "grande" convenção republicana planejada para acontecer na Flórida no final de agosto, na qual anunciaria sua indicação como candidato do partido à eleição presidencial de 3 de novembro.

Na América Latina e no Caribe (176.853 mortes), o vírus também perturbou a agenda política da Bolívia (65.252 casos e 2.407 mortes), onde as eleições gerais foram adiadas de 6 de setembro para 18 de outubro.

Os casos também continuam a aumentar no Brasil, o país mais afetado da região, com 2.287.475 infecções e 84.082 mortes.

O presidente Jair Bolsonaro foi visto conversando, sem máscara, com garis fora de sua residência oficial em Brasília, apesar de ter testado positivo para COVID-19.

O México, por sua vez, registrou um novo máximo histórico de infecções nas últimas 24 horas, com 8.438 novos casos. O país, com 370.712 casos confirmados e 41.908 mortes, ocupa o quarto lugar em número de óbitos, atrás dos Estados Unidos, do Brasil e do Reino Unido.

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