Aumento adiado para o servidor público

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais fará amanhã uma live para explicar à categoria como está a situação do aumento salarial suspenso pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por liminar. O aumento de 5,92%, devido à inconstitucionalidade da lei que o aprovou, deveria estar sendo pago desde o dia 1º de março deste ano. Outros 3,17% seriam acrescidos nos holerites a partir de 1º de julho.

“Os servidores públicos de Piracicaba estão se sentindo desmotivados após o retrocesso salarial”, observa nota da entidade. “A intenção da reunião virtual é esclarecer dúvidas.” O encontro começa às 18h, pelo Facebook do Sindicato. 

“Vale ressaltar que essa liminar saiu por conta da inconstitucionalidade da lei, uma vez que o reajuste aplicado seria estendido ao prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores”, informou o dirigente sindical e advogado José Osmir Bertazzoni. E foi essa a causa da inconstitucionalidade.

A solução mais rápida, proposta pela diretoria do Sindicato, seria nova lei somente com o reajuste apenas dos servidores. “Porém o prefeito até o momento não mostrou interesse em fazer o novo projeto de lei”, disse Samantha Maniero, diretora do Sindicato. Proposta, até o momento, descartada pelo prefeito, que prefere aguardar o julgamento previsto para a semana que vem. 

A diretoria do Sindicato diz estar preocupada com os 11 mil servidores, “que estão tendo prejuízos nos salários e no sustento de sua família com o retrocesso salarial no pagamento desse mês”. De acordo com Renata Perazoli, dirigente sindical, “se levarmos em conta que cada família tem quatro pessoas que dependem do salário do servidor, 44 mil pessoas estão sendo prejudicadas diretamente com essa atitude intransigente do prefeito em não ter encaminhado nova lei para aprovação dos vereadores.” 

O presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Wagner Oliveira, também está preocupado com o retrocesso, ou seja, a suspensão do reajuste dos salários dos servidores. Ele colocou-se à disposição para chamar sessão extraordinária para votação em caráter de urgência do projeto, tão logo o prefeito encaminhe o projeto de lei para votação. 

“Precisamos de união da categoria nesse momento. Que os servidores participem da assembleia na próxima sexta. Tragam as propostas. Vamos dialogar e pressionar o prefeito para solucionar o problema, criado por ele. Já foi tirado do nosso salário. Vamos à luta!”, convoca o presidente do Sindicato, José Valdir Sgrigneiro.