ATP e Nadal reagem à ideia de Djokovic de um novo sindicato de jogadores

A ATP, que entidade que gere o circuito profissional de tênis masculino, destacou neste sábado a importância da "unidade" nestes tempos difíceis, mensagem que ganhou apoio do tenista espanhol Rafael Nadal, enquanto outros jogadores liderados pelo sérvio Novak Djokovic poderão anunciar nas próximas horas a criação de uma associação paralela e independente.

O canadense Vasek Pospisil, proeminente membro do conselho de jogadores da ATP, órgão integrado à instituição, abriu fogo na sexta-feira anunciando sua renúncia.

"É evidente que, como membro do conselho de jogadores dentro da atual estrutura da ATP, é muito difícil, senão impossível, ter a menor influência em qualquer decisão importante no circuito, seja ela qual for", explicou o tenista número 92 do ranking mundial.

Segundo o jornal The New York Times, Djokovic vai anunciar sua renúncia da presidência do conselho de jogadores, para participar da criação da Professional Tennis Players Association (PTPA).

A oficialização da PTPA, que visa melhor defender os jogadores que integram o Top 500 mundial, pode ocorrer neste sábado, segundo o jornal.

Enquanto esperava, a ATP publicou um comunicado criticando a iniciativa.

"Reconhecemos as dificuldades que nossos membros estão enfrentando nas atuais circunstâncias, mas achamos que é hora de testar a unidade, ao invés de divisões internas", comunicou a associação.

Nos últimos meses, Pospisil liderou uma batalha para a melhor remuneração dos tenistas que não integram o topo do ranking.

A situação financeira de alguns atletas foi agravada pelos efeitos da pandemia da covid-19, que levou ao cancelamento de eventos e privou os tenistas de sua fonte de renda por seis meses.

"Continuamos firmes no nosso compromisso de satisfazer os nossos jogadores em todas as áreas da nossa atividade, procurando tirar o máximo partido dos seus anos no circuito e fazer ouvir a sua voz", acrescentou a ATP.

Também membro do conselho de jogadores, Nadal apoiou a ATP, opondo-se à criação desta nova associação.

"Acho que estamos vivendo um período em que temos que nos manter calmos e todos trabalharmos juntos na mesma direção. É hora de nos unir e não de dividir", declarou o número 2 do mundo.

"Todos nós; jogadores, organizadores de torneios e dirigentes devemos trabalhar juntos", acrescentou.

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