Um ativista tibetano que havia sido condenado a cinco anos de prisão pelas autoridades chinesas por "incitação ao separatismo" foi libertado, anunciou seu advogado nesta sexta-feira (29)
Um ativista tibetano que havia sido condenado a cinco anos de prisão pelas autoridades chinesas por "incitação ao separatismo" foi libertado, anunciou seu advogado nesta sexta-feira (29).
Tashi Wangchuk, um defensor da língua tibetana detido em 2016, foi condenado em 2018 pela Justiça chinesa com base em um documentário no final de 2015 do New York Times.
O ativista denunciava um déficit no ensino do idioma tibetano nas escolas de sua província natal de Qinghai (noroeste), povoada por vários tibetanos, e fez referência a um "massacre sistemático" da cultura local.
O documentário relatava sua viagem a Pequim, onde tentava sensibilizar as autoridades e os meios de comunicação sobre sua causa.
Seu advogado anunciou no Twitter nesta quinta-feira que ele foi libertado e escoltado para sua casa por funcionários, que já está com a família de sua irmã em Yushu e com boa saúde, mas não conseguiu garantir que está "totalmente livre".
Nesta sexta-feira, o advogado afirmou à AFP que, depois de um primeiro contato com o ativista, não conseguiu entrar mais em contato com ele ou com sua família, e expressou sua preocupação de que continue sendo alvo de restrições.
Os funcionários judiciais e penitenciários da província de Qinghai, contatados pela AFP, se recusaram a fazer comentários.
A China interferiu militarmente no Tibete em 1951, após quatro décadas de independência "de fato" após a queda do Império chinês. Muitos tibetanos acusam o governo de repressão religiosa e cultural e denunciam a chegada de migrantes de outras regiões.
tjx/apj/axn/at/pz/mab/tjc/aa